O presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, afirmou esta quarta-feira, 16 de dezembro de 2020, que a sua intenção de dissolver o parlamento, que a oito de dezembro foi transmitida ao presidente da Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambú, continua irreversível. O chefe de Estado fez essa afirmação no aeroporto internacional Osvaldo Vieira depois de despedir-se do Presidente da República de Congo Brazzaville, Denis Sassou Nguesso que esteve em visita oficial de menos de 24 horas na Guiné-Bissau.
O Presidente guineense confirmou a intenção numa altura em que está em debate, na Assembleia Nacional Popular (ANP), o Orçamento Geral do Estado para 2021, entre outros pontos, com a ausência dos deputados da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Sobre o assunto, Sissoco Embaló disse que, desde que assumiu a presidência, o primeiro assunto que pôs em cima da mesa foi a dissolução do parlamento e considerou a atitude dos deputados do PAIGC como “incoerente”, tendo alertado que se fosse primeiro-ministro não pagaria salários a esses deputados, porque “não é justo um deputado ser pago e ausentar-se das sessões numa altura em que está em debate assuntos importantes”.
“Não vou impor nada ao primeiro-ministro, mas a partir de hoje os salários dos deputados passarão a ser domiciliados nos bancos comerciais, cada um receberá na sua conta. Porque isso pode ajudar também o governo a construir hospitais, reabilitar escolas… É uma forma de disciplinar e moralizar a sociedade”, disse.
Por: Filomeno Sambú