
O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, abdicou da intenção de dissolver o Parlamento. Embaló também admitiu a possibilidade de um governo de inclusão na base do diálogo entre as forças políticas guineenses.
O chefe de Estado fez essas afirmações na noite desta quarta-feira, 23 de dezembro de 2020, depois de uma reunião de mais de três horas com os representantes das seis formações políticas com o assento na Assembleia Nacional Popular (ANP), com o intuito de promover um entendimento entre os líderes das bancadas parlamentares.
O hemiciclo da presente legislatura está constituído por seis partidos, designadamente: o PAIGC – 47 mandatos; MADEM – 27 mandatos; PRS – 21 mandatos; APU – PDGB – 5 mandatos; UM – 1 mandato e PND também tem um (1) mandato.
“O Presidente da República deve ser moderador e a pessoa que deita água no fogo. Depois de reunir-me com os líderes das bancadas parlamentares, concluí que não podia ficar barricado sozinho na minha posição, não! Estamos num país democrático. Estou aqui como Presidente de todos os guineenses porque a maioria dos guineenses votou em mim. Estava a pensar numa coisa, e felizmente acabei por reconsiderar a minha posição”, explicou.
Questionado se haverá novo governo de inclusão, admitiu que tudo é possível na base do diálogo, mas “o que devemos fazer é deixar um compromisso aqui. Não somos inimigos, e o fato de sermos de partidos diferentes ou divergirmos nas ideias, não nos torna inimigos”.
Por: Assana Sambú