Após um ano de presidência: PR SISSOCO REALÇA O RECONHECIMENTO DA GUINÉ-BISSAU NO CONCERTO DAS NAÇÕES

O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, realçou o reconhecimento da Guiné-Bissau, pela comunidade internacional, no concerto das nações e a reativação das relações diplomáticas com os tradicionais amigos, nomeadamente: Portugal, a União Europeia, a China, a Rússia e os Estados Unidos da América.

O chefe de Estado falava esta quarta-feira, 30 de dezembro de 2020, num encontro com a imprensa para fazer balanço de um ano da sua presidência, na qual enfatizou a dinâmica da diplomacia externa que, na sua observação, restabeleceu a confiança do país junto da comunidade internacionais e dos seus parceiros e levou a Guiné-Bissau a voltar a fazer parte do concerto das nações.

“Não temos o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), depois de 21 anos de estada no país dirigido por dez representantes especiais dos diferentes Secretários-gerais da ONU. Isto revela que a política externa guineense funcionou bem em pouco tempo”, realçou e anunciou que no próximo ano, 2021, a Guiné-Bissau deverá preparar-se para missões de estabilização em diferentes países do mundo para ajuda-los a organizarem-se melhor.

O Presidente da República anunciou também que a partir de janeiro de 2021 a Guiné-Bissau terá um representante num dos 15 Estados membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), “uma inovação que implica que estamos no concerto das nações e passaremos a ter voz na União Africana (UA), porque pagamos as quotas”.

“A Guiné-Bissau vai ocupar também o posto de segundo vice presente de BOAD no próximo ano  – sinais que revelam que a Guiné-Bissau está em paz”, sublinhou.

Segundo Embaló, graças à dinâmica da política externa o país conseguiu liquidar uma dívida de seiscentos e cinquenta mil dólares de quota junto da União Africana, sem recorrer ao tesouro público guineense e disse que “foi Marrocos que participou a cem por cento em ajudar o país a liquidá-la”

Para além dessa dívida, referiu que com a mesma dinâmica diplomática a Guiné-Bissau abriu algumas representações diplomáticas no Qatar, na Turquia e, brevemente, abrirá mais uma na Arábia Saudita.

“E todos esses países terão, em 2021, representações na Guiné-Bissau, incluindo Cabo Verde. Ou seja, no mínio teremos dez ou quinze representações e, para além da mão de obra, podemos contar com mais investimentos”, assegurou.

Neste sentido, ameaça fechar as representações diplomáticas da Guiné-Bissau nos países que não tenham embaixadas na Guiné-Bissau. Contudo, frisou que o país está em negociações com os Estados Unidos da América para fixar a embaixada na Guiné-Bissau. 

”Temos a China, a Rússia e a França e o único membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que não tem embaixada são os Estados Unidos da América”, afirmou e realçou o papel de Portugal para a Guiné-Bissau na União Europeia, tendo feito referência ao regulamento consular e à movimentação dos embaixadores e a reestruturação das embaixadas, como um ganho diplomático para o país.

No plano financeiro, Sissoco Embaló revelou que o país já tem 50% por cento dos trabalhos concluído com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e disse esperar, por isso, que até janeiro do próximo ano, 2021, tudo esteja concluído e estabelecido um programa com o FMI, cuja quota estima-se em 20 milhões de dólares americanos.

O chefe de Estado falou do acordo com Fundo Africano de Garantia de Crédito (FAGACE ) e negociações em curso com Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para o apoio orçamental de 12 milhões de dólares à Guiné-Bissau.


Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú

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