CUBA CONSIDERA “ILEGAL” A ACUSAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

O embaixador de Cuba na Guiné-Bissau, Raúl de La Penã Silva, considerou hoje, 22 de janeiro de 2021, ser “ilegal” a acusação de que o seu país seja um Estado que patrocina o terrorismo. O embaixador cubano condenou “firmemente” a acusação feita pelo anterior governo dos Estados Unidos da América. 

Segundo Raúl de La Penã Silva, a acusação foi feita de forma “unilateral e ilegal”.

À saída da audiência mantida esta sexta-feira com o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, o diplomata cubano disse aos jornalistas que seu país não é um Estado patrocinador do terrorismo e disse esperar que o novo governo americano vá reverter essa qualificação “que não passa de um aproveitamento político”.

Referiu que seu país é vítima do terrorismo e a população cubana sofreu com custo de 3.478 mortos e 2.099 pessoas com deficiência, por atos cometidos pelo governo dos Estados Unidos ou perpetrados e patrocinados por ele.

Contudo, Raúl de La Penã Silva informou o que seu governo já reagiu através do Ministério de relações exteriores cubano. O diplomata referiu que a política oficial e notória e a “conduta impecável” de Cuba é a rejeição do terrorismo em todas as suas formas e manifestações, em particular o terrorismo de Estado, “por parte de quem, contra quem e onde for cometido”.

“O Ministério das Relações Exteriores condena,nos termos mais veementes e absolutos, a fraudulenta qualificação de Cuba como um Estado patrocinador do terrorismo, anunciada pelo governo dos Estados Unidos em ato cínico e hipócrita”, disse.

Pode ler-se também na reação do Ministério das Relações Exteriores de Cuba que, durante meses muita coisa foi especulada sobre a possibilidade de incluir Cuba na lista unilateral do Departamento do Estado norte americano que classifica os países, sem mandato ou legitimidade, sem motivação genuína.

Para Ministério das Relações Exteriores de Cuba, essas referências ao terrorismo e suas consequências não passam de um instrumento de difamação, como por exemplo, aplicar medidas económicas coercitivas contra as nações que resistem a ceder aos caprichos do imperialismo norte-americano.


Por: Epifânia Mendonça

Foto: E.M

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