SISSOCO PROMETE TRABALHAR COM A ONU PARA LEVANTAR SANÇÕES AOS MILITARES GUINEENSES

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, prometeu que vai trabalhar juntamente com as Nações Unidas para o levantamento das sanções impostas aos cinco oficiais generais militares em 2012, designadamente, o Antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General António Indjai, o General Mamadu Turé, atual vice-chefe do Estado-Maior, o General Ibraima Papa Camará, antigo chefe de Estado-Maior da Força Aérea e atual presidente do Instituto Nacional da Defesa, o Inspetor Geral das Forças Armadas, General Estevão Na Mena e o Brigadeiro-general, Daba Na Walna, presidente do Tribunal Superior Militar.

Os cinco oficiais generais viram as suas sanções mantidas pelo Comité de Sanções da ONU através do relatório divulgado em janeiro deste ano. Este grupo de militares foram impostas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU, na sequência de golpe militar de 12 de abril de 2012 no qual foram considerados de protagonistas do golpe.  

O Chefe de Estado fez esta promessa na tomada de posse de novas chefias militares e do chefe da casa militar da Presidência da República esta quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021. A cerimónia de posse testemunhada pelo Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, e pelos ministros da Defesa Nacional, Sandji Fati, do Interior Botche Candé e por chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, General Biague Na N’Tan e membros do gabinete do Presidente da República, serviu também para a promoção de patente dos recém nomeados de coronéis para o brigadeiros-generais e um promovido para Major General. 


Os oficiais militares nomeados tratam-se de Joaquim Filinto Silva Ferreira, empossado como novo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea e promovido de Coronel a Major General; Mamadú Saliu Embaló, vice-chefe do Estado-Maior da Força Aérea, promovido de Coronel a Brigadeiro General; Vitorino Tegba, vice-chefe do Estado-Maior da Armada (Marinha de Guerra Nacional) promovido de Capitão de Mar-e-Guerra a Comodoro e Dinis Incanha nomeado ontem, 23 de fevereiro, para as  funções de chefe da casa militar da Presidência da República, através do decreto nº15, promovido agora de Coronel a Brigadeiro General 

O chefe de Estado guineense promoveu também Marcolino Alves Pereira, Samuel Fernandes e Saibo Camará, todos promovidos de coronéis a Brigadeiros Generais.  

Dirigindo-se aos recém nomeados e promovidos, Chefe de Estado e General na reserva, Umaro  Sissoco Embaló, reconheceu que o país não tem porta aviões e que a Força Aérea guineense carece de equipamentos e de recursos humanos qualificados. Porém, disse esperar que o novo chefe de Estado Maior da Força Aérea consiga obter sucessos, tendo em conta a sua experiência e o seu “longo percurso militar”.

Embaló recomendou maior disciplina e o respeito à hierarquia militar. Embaló referiu que é fundamental uma coabitação sã e sólida entre os recém empossados, particularmente o Estado Maior da Força Aérea e o das Forças Armadas, para que possam devolver a reputação a este último que, segundo frisou, lhe foi tirada ao longo dos sucessos golpes militares, “mas acima de tudo o respeito pela constituição da República”.

“Mas têm que se distanciar da política. Eu sou comandante supremo, mas não posso pensar que as tropas são as minhas propriedades, porque elas não são milícias, sim, vanguardas de Nação” sublinhou.

Neste sentido, realçou que o governo tem empenhado e trabalhado para equipar das forças armadas, tendo assegurado que jogará a sua magistratura de influência para o levantamento de sanções a cinco oficiais militares guineenses imposta pela ONU. 

De referir que esteve presente também na cerimónia o Major General, Ibraima “Papa” Camará, nomeado presidente do Instituto de Defesa Nacional.


Por: Epifania Mendonça

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