As organizações membros de Espaço de Concertação da Sociedade Civil exigem a exoneração do Ministro Interior, Botche Candé e do secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Siano Fambé, por estes não terem a capacidade governativa de garantir a segurança aos cidadãos guineenses e consequentemente  perigam a segurança pública.

A exigência consta do comunicado, com a data de 10 de março de 2021, na posse de O Democrata, no qual exigem também a demissão do Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, pela consequente inação e incapacidade de produzir ações que contribuam para o primado da lei em benéfico da impunidade.

Lê-se no comunicado que as organizações membros de Espaço de Concertação da Sociedade Civil condenam “com veemência” o ato de rapto e espancamento perpetrado contra o cidadão António Aly Silva, responsabilizando as autoridades guineenses pelo seu estado de saúde e de segurança.

Por outro lado, as organizações da sociedade civil instam o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a garantir a paz, a segurança e a unidade nacional, exortando as instituições públicas com vista a um rápido apuramento das circunstâncias em que ocorreram aquele acontecimento e outros similares que ainda estão por apurar, de modo a responsabilizar os atores materiais e morais “deste ato macabro”.

As organizações civis exortaram ainda a Assembleia Nacional Popular a promover o debate sobre a segurança pública, alertando a comunidade internacional pela situação periclitante que o país vive, nos últimos tempos, com cíclicas violações dos direitos humanos, nomeadamente: os raptos e espancamentos dos cidadãos guineenses, “num ambiente de terror e de impunidade”.

Por fim, as organizações da sociedade civil afirmam que os sistemáticos raptos, ameaças, intimidações e espancamentos põem em causa a vida, a segurança e a integridade física dos cidadãos num Estado de Direito Democrático.

Por: Tiago Seide