O Secretário do Alto Comissariado para a Covid-19, Plácido Cardoso, anunciou a data de 03 de abril como o início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus na Guiné-Bissau. O médico que dirige o secretariado do Alto Comissariado fez esse anúncio na segunda-feira, 29 de março de 2021, durante a apresentação do boletim epidemiológico semanal sobre a situação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no país.
Plácido Cardoso frisou que nesta primeira fase, o Alto Comissariado pretende cobrir apenas o grupo prioritário (os técnicos de saúde e outros agentes envolvidos no combate à pandemia).
De acordo com as informações a que O Democrata teve acesso, o Alto Comissariado dividiu a primeira fase em duas unidades (A e B). Na fase A, a vacina cobrirá 03% (que corresponde a 56.751 pessoas) da população, grupos prioritários. Já na Fase B, se prevê a vacinação de 17% (321.587 pessoas), grupo de risco, neste caso, adultos com mais de 50 anos ou outras pessoas em função dos fatores de risco pertinentes, incluindo o pessoal da Educação. O que totaliza os 20% de vacinas que a iniciativa COVAX vai cobrir gratuitamente, nesta primeira fase.
As autoridades guineenses terão que cobrir os 70% da população.
O Alto Comissariado garante que as doze mil doses de vacinas, serão utilizadas dentro do período de validade recomendado pelo fabricante, 13 de abril de 2021.
De acordo com o Alto Comissariado, AstraZeneca é a vacina que o país vai utilizar nesta primeira fase (“I A”). As doze mil doses de vacinas foram adquiridas a 22 de março pelo grupo de telecomunicações Sul-africano MTN através da União Africana, que também tem previsto a chegada de 120 mil doses de vacina através da iniciativa COVAX.
As informações indicam que a AstraZeneca tem 63,1% de eficácia da vacina na população em geral e previne a infeção sintomática da Covid-19 em pessoas que receberam 2 doses da vacina, independentemente do intervalo entre as doses.
O Alto Comissariado espera que a segunda fase, cuja responsabilidade financeira é da Guiné-Bissau, atinja 50% da população nacional, o que corresponderá a 945.844 pessoas. Assim atingirá uma cobertura de 70%, interrompendo a transmissão do vírus no país, como tem recomendado a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Por: Epifânia Mendonça