O Ministério das Relações Exteriores, Cooperação Africana e MRE de Marrocos afirmou em nota, datada de 07 de maio de 2021, que “a decisão das autoridades espanholas de não notificar os seus homólogos marroquinos da chegada do líder das milícias “Polisário”, não é uma simples omissão. Trata-se de um ato premeditado, uma escolha voluntária e uma decisão soberana da Espanha, da qual Marrocos toma plena nota. Tirará todas as consequências.
Desde que a Espanha recebeu no seu território o líder da milícia “Polisário”, acusado de crimes de guerra e violações grosseiras dos direitos humanos, os funcionários espanhóis multiplicaram declarações tentando justificar este ato grave e contrário ao espírito de parceria e de boa vizinhança”, disse o ministério.
Notando que a invocação de considerações humanitárias não pode justificar esta atitude negativa, o ministério explicou que “considerações humanitárias não justificam manobras nas costas de um parceiro e de um vizinho”.
Considerações humanitárias, acrescentou, “não pode ser uma panaceia que seja concedida selectivamente ao líder da milícia ‘Polisário’, numa altura em que milhares de pessoas vivem em condições desumanas nos campos de Tindouf.
O ministério salientou que as considerações humanitárias não podem explicar a inacção da justiça espanhola, ao mesmo tempo que esta é devidamente apreendida de queixas documentadas.
“A aplicação da lei e a preservação dos direitos das vítimas não pode ser feita com dois pesos e duas medidas, nem pode sofrer de qualquer duplicidade de critérios”, observou.
Considerações humanitárias, segundo o Ministério espanhol das relações, “não explicam a cumplicidade no roubo de identidade e falsificação de passaporte, que se destinam a contornar deliberadamente a lei”.
Finalmente, considerações humanitárias não podem anular as legítimas reivindicações das vítimas de violação, tortura e violações maciças dos direitos humanos cometidos pelo líder da milícia “Polisário””, observou o ministério.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Cooperação Africana e os Nacionais Marroquinos disseram também que “a atitude de alguns funcionários do governo, prejudicando a reacção marroquina e minimizando o grave impacto na relação, não pode esconder esta situação deplorável.
A preservação da parceria bilateral é uma responsabilidade partilhada, que é alimentada por um compromisso permanente de salvaguardar a confiança mútua, manter uma cooperação frutuosa e salvaguardar os interesses estratégicos de ambos os países, concluiu.
Por: redação