SINDICATO DA EAGB PARALISA OS SERVIÇOS DA EMPRESA POR TRÊS DIAS

O presidente do Sindicato de Base dos Trabalhadores da Empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB), Mário Banca, anunciou que os trabalhadores da empresa iniciaram esta terça-feira, 8 de junho de 2021, uma paralisação total de três dias dos serviços da EAGB.  A greve que termina nesta quinta-feira, 10 junho, sem corte da energia,  visa  reivindicar o pagamento de 37 meses de salários em atraso.

Mário Banca disse que na primeira vaga da greve os trabalhadores vão ficar apenas em casa  sem trabalhar e qualquer avaria relacionada com cabos elétricos ou canalização de água não será resolvida durante o período da greve.

O responsável sindical, disse que em nenhum momento os trabalhadores querem paralisar serviços da EAGB, mas devido às intimidações foram obrigados  a fazê-lo e como se não bastasse a direção da empresa pediu ao Ministro do Interior para colocar polícias em todos os postos de transformação para evitar corte da energia,” o que não devia ser procedimento do patronato”.

“Iniciamos as negociações desde quinta-feira passada  com a direção e o Conselho de Administração da EAGB e ontem reunimo-nos com o Ministro da Energia e pensávamos que que a direção fosse capaz de ultrapassar a situação, mas o que ouvimos foi dar tolerância de uma semana para ver se conseguirá reunir com o Ministro das Finanças para poder  resolver essa situação, portanto  é extemporâneo. Entregamos o pré-aviso de greve há mais de uma semana sem solução nenhuma”, lamentou.

Banca informou que no caderno reivindicativo entregue constam 10 pontos e durante a negociação o patronato não apresentou nenhuma contraproposta nem solução face às exigências. Adiantou que as reivindicações iniciaram desde janeiro de 2020, “de maneira que não podemos tolerar nem sequer nenhum um dia, muito menos uma semana”.

“Estamos a exigir no nosso caderno reivindicativo, o reajuste salarial, descontos de impostos exagerados que hoje duplicaram-se.  Por exemplo, quem  era descontado 20 mil francos CFA no passado, hoje passou a ser descontado 40 mil francos CFA, o contrato do acordo assinado com empresa portuguesa que iria gerir gestão a empresa, a regularização da situação de segurança social e o pagamento de 37 meses de salários em atraso”, indicou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A   

Author: O DEMOCRATA

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