O novo Presidente do Tribunal de Contas, Amadu Tidjane Baldé, defendeu esta segunda-feira, 26 de julho de 2021, que o Tribunal de Contas deve mudar do rosto, para que a sua atuação seja mais eficaz e eficiente no domínio do controlo das atividades financeiras do Estado.
O recém-nomeado Presidente do Tribunal de Contas, por decreto presidencial nº 43/2021 de 22 de julho, em declarações aos jornalistas depois da posse disse que a instituição que agora dirige não pode ficar indiferente e passivo, “quando apenas menos de cinco por cento das instituições da administração pública do país prestam contas anualmente”.
Baldé disse que o Tribunal de Contas não pode falhar o seu compromisso de julgar e efetivar a responsabilidade financeira das falhas cometidas pelos gestores públicos. Defendeu que aquela instituição pública encarregue de controlo das atividades financeiras do Estado deve tornar-se numa instituição exemplar.
Afirmou que pretende tornar o Tribunal de Contas numa instituição mais atuante como um verdadeiro tribunal sem, no entanto, falhar a sua missão.
Questionado se o seu foco principal será o combate à corrupção na administração pública guineense, respondeu que o objetivo é o cumprimento da lei e o combate à corrupção.
Por sua vez, o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, mostrou-se esperançado que o jovem nomeado para dirigir o Tribunal de Contas esteja à altura de desempenhar essa função, porque “é o homem que faz história e exercer uma função não exige idade”. Alertou na sua comunicação que “o ódio e o mal não podem fazer parte da sua geração, mas no exercício de funções pode acontecer algo”.
“No combate à corrupção não pode haver negociações, porque a corrupção é pior do que o coronavírus. Por isso ninguém é imune ou isento, incluindo o Presidente da República” contou, para de seguida sublinhar que as “instituições da Guiné-Bissau devem ser fortes, e não homens fortes”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A