O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, disse, esta terça-feira, 27 de julho de 2021, que a Guiné-Bissau vive uma desorganização total e que é preciso pôr fim a essa desorganização.
Em entrevista aos jornalistas para anunciar a marcha da UNTG agendada para esta quarta-feira, Júlio Mendonça desafia os servidores públicos para participarem na manifestação contra a desorganização do país, impostos e “subsídios injustificáveis” introduzidos pelo governo e que está a ter reflexos na vida dos trabalhadores e da população. Anunciou também a realização de uma nova marcha pacífica para o dia 3 de agosto, dia de trabalhadores da Guiné Bissau.
Para Mendonça, os trabalhadores estão a ser explorados pelo governo, informando que a marcha de amanhã vai ser assegurada pelas forças de segurança.
“Tivemos um encontro ontem com o Secretário de Estado da Ordem Pública e o seu staff. Deram-nos a garantia de que vão dar toda a segurança necessária para concretização da marcha agendada para amanhã”, disse, esperando que os polícias não voltem a cometer o “mesmo erro de lançar gás lacrimogêneo aos trabalhadores”.
O sindicalista apelou às estruturas do ministério do interior nas regiões a deixar que os associados da UNTG também realizem a manifestação.
A UNTG denunciou o aumento de preços de produtos da primeira necessidade no país e exige, entre outros, o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000F CFA para 100 .000F CFA, a revogação de nomeações e contratos feitos sem obedecer aos critérios de ingresso na função pública assim como pagamento de dívidas e a efetivação dos servidores públicos.
Por: Tiago Seide