O antigo avançado e capitão da seleção da Guiné-Conacri, Vítor Correia, afirmou que a seleção principal de futebol da Guiné-Bissau tem jogadores com bastantes “qualidades” para contrariar a sua congénere da Guiné-Conacri no jogo da primeira jornada da fase de qualificação da zona africana para o mundial 2022, a realizar-se no Qatar.
“Quero lembrar que os jogadores da Guiné-Bissau também estão a jogar nos grandes clubes europeus da primeira divisão, como, por exemplo, Moreto Cassamá, Mama Baldé, Alfa Semedo. Por isso, temos elementos suficientes para responder a seleção da Guiné-Conacri”, afirmou o ex-futebolista nascido na Guiné-Bissau que jogou ao serviço de “syli national” e militou também nos clubes locais da Guiné-Conacri, antes de evoluir em clubes da Europa e Médio Oriente.
Reconheceu na sua declaração que a seleção adversária tem jogadores com muito talento e muito experiente em relação a seleção nacional “Djurtus”, no que refere as andanças da qualificação para a maior competição de futebol do mundo.
O antigo médio ofensivo falava esta terça-feira, 31 de agosto de 2021, numa entrevista concedida ao Jornal O Democrata, para fazer a antevisão do jogo entre os dois países vizinhos, que vai ser disputado na quarta-feira, 01 de Setembro, em Nouakchott, capital da Mauritânia.
O jogo deveria decorrer em Bissau, mas o país viu-se obrigado a receber o seu rival num terreno emprestado, na sequência da interdição do Estádio 24 de Setembro pela FIFA, entidade que gere o futebol mundial, para acolher jogos oficiais, devido à falta de condições.
“O que falta à Guiné-Bissau nessas andanças é empenho dos novos dirigentes que não estão com vontade de organizar melhor, porque temos recursos humanos suficientes e jogadores suficientes para competir com qualquer seleção africana. Vários jovens futebolistas guineenses estão a evoluir nas diferentes partes da Europa, principalmente em Portugal”, afirmou.
Lamentou a morosidade na deslocação da caravana da seleção da Guiné-Bissau para a Mauritânia, contudo, mostrou-se confiante que o país vença a Guiné-Conacri.
Lamentou ainda a falta dos apoios dos adeptos guineenses aos jogadores nacionais.
O antigo jogador do Fello Star da Guiné-Conacri, considerou o governo culpado pela interdição do Estádio Nacional 24 de Setembro, para receber jogos oficiais da FIFA. Exortou que a Secretaria de Estado da Juventude e dos Desportos, passe a ministério dos Desportos, com vista a permitir o titular da pasta a dar maior atenção ao setor desportivo nacional.
Segundo apurou a seção desportiva de O Democrata, as duas seleções já estão na Mauritânia. A seleção da Guiné-Conacri chegou ontem e a seleção nacional chegou hoje de manhã a Nouakchott.
Os “Djurtus” integram o grupo I com Marrocos, Guiné-Conacri e Sudão do Norte.
Segundo relatos dos enviados da imprensa nacional que se deslocaram com a equipa nacional à Mauritânea para acompanhar o jogo, a seleção nacional tem duas baixas, nomeadamente Marcelo Djaló e Panutche Camará. O seleccionador nacional, Baciro Candé, chamou o defesa central Basil Camará.
Por: Alison Cabral