O Coletivo dos Técnicos afetos ao Centro de Tratamento da Covid-19 do Hospital Nacional Simão Mendes anunciou para o próximo dia 8 de setembro o boicote a todas as suas atividades.
Em nota, o coletivo deu 24h ao Alto Comissariado para a Covid-19 (AC) para devolver o dinheiro subtraído do pagamento de 3 meses (Abril-Junho), a atualização dos subsídios de motivação em atraso aos os técnicos afetos ao Centro segundo a grelha aprovada pelo AC, e a afetação de um psicólogo ao centro, tendo em conta o aumento do número de casos de infeções e o aumento da carga de trabalho, o aumento de número de óbitos de pessoas jovens, familiares próximos dos técnicos.
“Essa situação acaba por gerar situações traumáticas nos técnicos e familiares, afetando negativamente a nossa saúde mental, assim como a nossa produtividade”.
O coletivo dos técnicos denunciou também a falta de geladeiras e placas para conservação das amostras, obrigando o pessoal do laboratório a deslocar-se todos os dias a UDIB para trocar as placas. Exigiu o aumento de monómetros para os cilindros de oxigénio, diminuindo a interrupção desnecessária de fornecimento do preciso gás a doentes com necessidade de fornecimento contínuo e diminuição da carga de trabalho à equipa clínica, nomeadamente médicos e enfermeiros.
Denunciou também a fuga de doentes, através das janelas do centro, por o centro não ter condições.
“As tomadas elétricas estão danificadas e representam riscos acrescidos de causar danos aos equipamentos biomédicos em uso no centro” denunciou o coletivo.
Por: Tiago Seide
Foto: Arquivo de AC sobre vacina