
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prometeu esta segunda-feira, 20 de setembro de 2021, que vai abordar com o Comité de Sanções das Nações Unidas, em Nova Iorque (Estados Unidos), a questão do levantamento de sanções impostas aos oficiais generais guineenses, tidos como principais responsáveis do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
“Tenho uma reunião agendada com o Secretário-geral das Nações e também com o presidente do comité das sanções, porque é chegado a altura do levantamento das sanções impostas aos militares e até porque alguns já faleceram e, por isso, não faz sentido até hoje manter essas sanções”, disse.
O Comité de Sanções da ONU decidiu sancionar cinco oficiais generais militares guineenses considerados como protagonistas do golpe de Estado de 2012, que afastou no poder o então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
Os oficiais sancionados são: o antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General António Indjai ; o General Mamadu Turé, atual vice-chefe do Estado-Maior ; o General Ibraima Papa Camará, antigo chefe de Estado-Maior da Força Aérea e atual presidente do Instituto Nacional da Defesa ; o General Estevão Na Mena, Inspetor Geral das Forças Armadas ; o Brigadeiro-general, Daba Na Walna, presidente do Tribunal Superior Militar.
O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, momentos antes de partir para Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde vai participar na 76ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
A sessão iniciada na terça-feira tem como o tema principal “Construindo resiliência da esperança para se recuperar da covid-19, reconstruir de forma sustentável, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas”.
O presidente da república disse que vai aproveitar a sua estada para reunir-se com as autoridades norte-americanas para abordar a situação do antigo chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, o General António Indjai, acusado de crimes de narcoterrorismo, conspiração para importar cocaína, conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e conspiração para adquirir e transferir mísseis antiaéreos para os rebeldes de FARC da Colômbia.
Questionado sobre a mensagem que leva da Guiné-Bissau à Assembleia Geral das Nações Unidas, disse que a Guiné-Bissau hoje está a reconquistar o seu lugar no mundo. Acrescentou que hoje o país é consultado sobre vários assuntos e na resolução de várias crises, particularmente a nível sub-regional.
“Hoje temos a voz na União Africana e falamos de igual com outros países, porque temos a quota em dia”, salientou.
Por: Assana Sambú