O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló afirmou esta segunda-feira, 11 de outubro de 2021, que defender a igualdade e oportunidade para meninas guineenses no seio da família, acesso à escola, à formação profissional e ao emprego com pleno exercício dos seus direitos da cidadania, é obrigação do Estado da Guiné-Bissau e da sociedade em geral, porque “a igualdade do género começa na família e deve ser praticada em todas as instituições do país”.
Umaro Sissoco Embaló falava na celebração do dia Internacional das Meninas na qual defendeu que o foco deve centrar-se na menina no seio da família, escola e sociedade, interpelando os chefes de Estado e do governo, as instituições públicas e privadas e a sociedade civil de todo mundo a adotarem um conjunto de mecanismos para a realização dessa ambição.
O chefe de Estado informou que essa interpelação serve para mostrar a necessidade de unir esforços e assumir compromissos políticos e sociais com vista a combater uma das mais “graves manifestações” e desigualdade do tempo atual, que atinge negativamente as meninas em vários países do mundo. Adiantou que o combate a esse flagelo inscreve-se no quadro da promoção e defesa dos direitos humanos que são universais, como também na Guiné-Bissau são direitos constitucionais.
A porta-voz das meninas guineense, Taibu Djaló, revelou que na Guiné-Bissau as meninas estão entre as populações mais vulneráveis, pois os seus direitos são mais negados, começando pelos mais básicos, como ter um registo de nascimento ou poder ir à escola. Taibu Djaló frisou que as meninas têm maior probabilidade de se casarem ou dar à luz ainda jovens e serem vítimas da mutilação genital feminina.
Djaló sublinhou que as meninas têm uma vida segura, educada e saudável não apenas durante os anos da formação crítica das suas vidas, mas também à medida que amadurecem e se tornam mulheres. Taibo disse que o Presidente da República tem a responsabilidade de garantir que os direitos de todas as crianças especialmente os das meninas sejam respeitados, pelo direito a uma educação de qualidade, vida saudável e a saúde sexual reprodutiva.
Lembrou que em 1995, a declaração e plataforma de ação de Pequim foram adotadas por unanimidade na conferência mundial sobre a mulher.
Segundo avançou, a declaração de Pequim foi o primeiro mecanismo a exigir especificamente os direitos das meninas e em 2011 a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a resolução 66/170, para declarar o dia 11 de outubro como dia internacional das meninas para reconhecer os seus direitos e os desafios únicos que elas enfrentam em todo mundo e promover empoderamento.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A