TÉCNICOS DE SAÚDE VOLTAM A ASSEGURAR OS SERVIÇOS MÍNIMOS NOS HOSPITAIS PÚBLICOS

Os técnicos de saúde, que haviam boicotado todas as atividades nos hospitais e centros de saúde do país, voltam a assegurar os serviços mínimos, anunciou Yasser Turé, vice-secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Central Sindical (UNTG-CS). 

Turé fez esse anúncio depois de uma reunião de relançamento de negociações e diálogo como o ministro do Estado e do Interior, Botche Candé, enviado pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

As negociações haviam sido interrompidas devido a várias situações, mas esta quarta-feira, 27 de outubro de 2021, os sindicatos afirmam terem decidido dar abertura ao governo, depois do encontro com o enviado do Chefe de Estado, pelo interesse do Povo e da Nação.

Apesar da abertura, os sindicatos não desistem das suas exigências de ver aprovado, em Conselho de Ministros, a carreira profissional dos técnicos de saúde, o pagamento “imediato” dos técnicos que têm salários pendentes, a devolução de horários retirados aos professores que aderiram à greve, o fim do de retaliação aos trabalhadores públicos que, em pleno exercício dos seus direitos, são humilhados publicamente e retirados seus salários, por aderirem à greve.

“Mas tudo isso terá que ser desenvolvido num clima são, de diálogo e em que não haja perseguição contra os sindicalistas nem contra ninguém“, advertiu.

Botche Candé, enviado do chefe de Estado, disse tomar boa nota e assegurou que o governo vai retomar as negociações com os sindicatos, tendo  elogiado a iniciativa dos sindicatos em retomar os serviços mínimos, para salvar vidas de pacientes internados ou que recorrem aos serviços sanitários.

Em reação ao consenso chegado com o enviado do Presidente da República, Yoio João Correia, presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos e Enfermeiros de Saúde e Afins (SINETSA), destacou que o mais  importante de tudo é que os hospitais e as escolas  funcionem.

“É um sinal de confiança que deve ser testemunhado por todos os filhos da Guiné-Bissau, que o interesse público não deve ser posto em causa. Neste momento temos em curso a campanha  nacional de vacinação contra a Covi-19 e as vacinas que estão a ser ministradas têm prazo contado e porque também para adquiri-las muitas vezes é o dinheiro dos nossos impostos que é aplicado”, disse.

Neste sentido, apelou à compreensão de todos os técnicos a prestarem serviços mínimos nos hospitais e centros de saúde e a aderirem à campanha nacional de vacinação, porque “recebemos garantias do ministro do Estado e do Interior que em breve esse dinheiro vai começar a ser liquidado”.

Por: Filomeno Sambú

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