O presidente da Confederação dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), Filomeno Cabral, disse que a Guiné-Bissau é um país pobre que não pode suportar os valores alocados aos órgãos da soberania, propondo que sejam reduzidos em 50%.
Filomeno Cabral defendeu essa posição na segunda-feira, 17 de janeiro de 2022, à saída do encontro com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.
O presidente da Confederação disse que as taxas e os impostos aprovados no orçamento de 2020 que ainda estão em vigor devem ser suprimidos ou reduzidos a 50 por cento no atual orçamento.
“A Guiné-Bissau é o único país no mundo que aplicou impostos e taxas e que aumentou a carga fiscal aos servidores públicos em plena pandemia da Covid-19. Nesse encontro, informamos ao chefe de Estado que os valores alocados aos órgãos da soberania são elevados. Por exemplo, o Presidente da República que recebe 600 milhões de francos CFA anuais, esse valor deveria ser reduzido a 50 por cento”, sublinhou.
Por seu lado, o presidente do Movimento da Sociedade Civil, Fodé Carambá Sanhá, afirmou que o Orçamento Geral do Estado para 2022 está melhor que o do ano anterior, porque teve em conta o pagamento das reivindicações dos sindicatos ligados aos setores sociais: a educação e a saúde.
“Há garantia que haverá um aumento de salário mínimo nacional no âmbito da execução do novo orçamento”, disse.
Fode Caramba Sanhá assegurou que o modelo aplicado na elaboração do Orçamento Geral do Estado é antigo e o governo deve abandoná-lo e avançar para um novo que seja um orçamento geral aberto, participativo e inclusivo que corresponda às aspirações das populações, auscultando as comunidades antes da sua elaboração, para saber quais são as reais necessidades do povo.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A