
O Ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadia, afirmou esta quarta-feira, 19 de janeiro de 2022, que as receitas do Estado de janeiro, arrecadadas até a presente data não chegam nem sequer aos 30% necessários para pagar os salários aos funcionários públicos.
Mamadu Fadia falava no ato dos cumprimentos do ano novo em que recebeu dos funcionários do ministério das finanças, durante a qual lembrou que a massa salarial do país situa-se em cerca de cinco biliões e setecentos milhões de francos CFA.
Fadia explicou que, quando assumiu a pasta das finanças em 2004, a massa salarial era de 1,2 bilião e duzentos mil francos cfa, em 2016, situava-se em 3 biliões e seiscentos mil francos CFA e atualmente eleva-se a cinco biliões e setecentos mil francos CFA.
Fadia reconheceu que há tendência de as receitas descerem nos meses de janeiro e fevereiro em relação a outros meses do ano, devido à fraca afluência dos barcos no porto de Bissau no início do ano.
O governante salientou que a responsabilidade dos funcionários do ministério é recolher receitas para executar o Orçamento Geral do Estado.
Frisou que graças aos esforços e à colaboração dos funcionários o governo realizou resultados tais como: pagamento de salários e algumas melhorias de condições do Hospital Nacional Simão Mendes.
Sublinhou ainda que, no banco de socorros, a primeira assistência é gratuita em termos de medicamentos e cirurgias, para de seguida assegurar que atualmente o salário deixou de ser um problema na Guiné-Bissau, graças à colaboração e organização dos funcionários do seu ministério.
Anunciou também que o país restabeleceu as relações financeiras com a comunidade internacional, com o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde 2018, afirmando que o país nunca recebeu do FMI, num ano, 60 milhões de dólares.
“O Fundo Monetário Internacional vai abrir boas perspetivas ao país, porque em 2022, se fizermos oprograma financeiro com FMI, vamos beneficiar do Banco Mundial 100% de donativo e não vai ser necessário recorrermos aos empréstimos” disse, revelando que aprovaram pacotes de leis que permitirão fazer a reforma nas alfândegas e Contribuições e impostos.
Por: Carolina Djemé