O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, prometeu esta quarta-feira, 26 de janeiro de 2022, que enquanto Chefe de Estado, pagará mensalmente a cada régulo cento e cinquenta mil (150.000) Francos CFA do próprio bolso, para permitir que tenham alguns recursos financeiros para resolverem problemas de saúde.
Embaló fez esta promessa durante um encontro com os régulos no quadro dos cumprimentos do ano novo, no qual afiançou que essa promessa não se enquadra nas ações políticas, porque o momento não é da campanha política.
“Esse dinheiro não sairá do cofre de Estado, mas do meu bolso” concluiu, apelando aos régulos que criem contas junto das empresas de telecomunicações para poderem receber cada mês por transferência eletrônica.
O chefe de Estado prometeu institucionalizar reuniões com os régulos, caso estes se organizem, no quadro da valorização do poder tradicional que complementa a governação local.
Assegurou que os régulos não devem acreditar em promessas falsas feitas durante as campanhas eleitorais, mas que nunca foram compridas. Pediu que abdiquem das migalhas dos políticos, porque estes apenas lhes enganam.
Prometeu jogar a sua influência junto do executivo no sentido de atender às preocupações levantadas pelos régulos, garantindo que vai trabalhar para que haja energia elétrica em todo o país e alcatroar a estrada que liga Safim à Buruntuma, setor de Pitche.
“Amanhã vou falar com o governo para que prestem mais atenção aos régulos. Eu tinha prometido durante a campanha eleitoral garantir a estabilidade e fazer com que a Guiné-Bissau fosse respeitada e fi-lo”, concluiu.
Em representação dos régulos, Issufu Baldé, falou das dificuldades que as populações enfrentam nas diferentes regiões e regulados, nomeadamente a falta de água potável, de cobertura de redes de telecomunicações, de segurança, de acesso à justiça, de transportes essencialmente marítimos, das infraestruturas e de equipamentos de saúde em condições, da insuficiências de recursos humanos no setor de saúde e da educação.
Baldé criticou a exploração de recursos que se regista nas regiões sem o consentimento dos régulos e da população local, como também não existe uma contrapartida para a população local.
Por: Epifânia Mendonça