O Governo da Guiné-Bissau anunciou que 11 pessoas perderam vida na “invasão” ao Palácio do governo, na terça-feira, 01 de fevereiro de 2022, precisando que entre as vítimas estão militares, paramilitares e civis, no ataque perpetrado por um grupo de homens armados.

Na sua primeira reação, o executivo afirmou que o modo de atuação da ” força agressora” revela “claramente” que o propósito do ataque de ontem era assassinar o Presidente da República e todas as autoridades presentes na sala do Conselho de Ministros.

“A intenção era decapitar o Estado, com assassinato do Presidente da República, provocando assim caos político e social no país”, sublinhou o governo em comunicado.

No comunicado lido pelo seu porta-voz, Fernando Vaz, o governo sublinhou que a robustez dos meios e munições usados pelos “agressores” demostra que esse atentado à ordem constitucional “foi planeado com rigor” e “contou com o financiamento de setores com capacidade financeira para a mobilização de tal quantidade de meios materiais, logísticos e humanos”.

O executivo saúda a reação louvável das forças da defesa e segurança que “com prontidão e sentido de dever constitucional republicano, conseguiram fazer abortar aquela maldita tentativa de assassinato coletivo dos dirigentes do estado da Guiné-Bissau”.

A equipa governamental disse no documento que a ação de homens armados visava facilitar o caminho ao crime organizado transnacional, e bloquear o “processo da refundação do Estado”, das reformas políticas, bem como da construção em curso da nova imagem do país.

O Governo lamenta a perda de vidas humanas, sacrificadas em defesa da legalidade democrática e da ordem constitucional e endereça as mais sentidas condolências às famílias enlutadas na certeza de que o sacrifício consentido por estes jovens e valentes heróis não serão em vão”.

“O governo informa à população em geral e à comunidade internacional que as autoridades legítimas têm o controle total da situação em todo território nacional e que já reina a calma e tranquilidade”, pode ler-se na nota, que exorta todos os servidores públicos e privados a retomarem as suas vidas laborais. 

O governo reiterou a sua firme determinação de prosseguir na senda da construção de um “país novo”, onde impera a lei, a justiça e a igualdade para que “os filhos da Guiné-Bissau possam finalmente viver em paz, progresso e liberdade”.

O comunicado salienta que em democracia o “poder político conquista-se nas urnas”.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A