O presidente da Associação dos Retalhistas da Guiné-Bissau, Aliu Seide, defendeu esta segunda-feira 14 de marco de 2022, que devem ser cedidos espaços para exploração comercial no novo mercado da praça aos 477 feirantes que lá trabalhavam antes de o mesmo ser destruído pelo fogo.
Aliu Seide falava à imprensa depois de uma visita efetuada ao novo mercado pelo ministro da Administração Territorial e Poder Local, na companhia do presidente da Câmara Municipal de Bissau, que visou discutir a modalidade da distribuição dos espaços.
Seide disse que a visita e o diálogo franco revelam que o governante está do lado dos mais carenciados.
O responsável dos retalhistas da Guiné-Bissau disse que os retalhistas não concordam com a privatização do novo mercado.
“Se o novo mercado for gerido por um privado, os comerciantes serão condicionados a pagarem um preço alto em relação à taxa de ocupação razoável que seria estabelecida pela Câmara Municipal de Bissau, o que permitiria que os pequenos comerciantes ocupassem também espaços no novo mercado”.
Por seu lado, o secretário-geral da Câmara Municipal de Bissau (CMB), Lente Embassa, garantiu que a CMB irá aplicar o princípio de direito de preferência, as pessoas que ocupavam antigo mercado devem ser privilegiadas.
Embassa precisou que até a data nem um espaço foi cedido a ninguém, porque estão a
trabalhar com o advogado dos feirantes na questão da distribuição dos espaços.
Questionado sobre o concurso de privatização do mercado lançado pela Câmara, Lente Embassa respondeu que a edilidade de Bissau está a observar a regra estabelecida pelo código de postura e de contratos públicos.
Lembrou que a CMB recorreu a um empréstimo junto do Banco da África Ocidental (BAO), para financiar a construção do novo mercado de praça, salientando a necessidade de contratar uma empresa encarregue de assegurar a sua manutenção e limpeza.
Por: Aguinaldo Ampa