
O presidente da Frente Patriótica para Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Djá, revelou esta sexta-feira, 01 de abril, que existe um elevado nível de corrupção na Guiné-Bissau, falta de confiança entre governados e governantes e instabilidade no setor da defesa e segurança.
Baciro Djá frisou que não há garantias de que o ataque de 1 de fevereiro não volte a acontecer no futuro, por isso defende uma “reforma profunda” nesses setores e mui trabalho para que a confiança reine no seio da classe castrense, transformando-a numa verdadeira força armada republicana.
Djá falava à saída de uma audiência com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, com quem disse ter analisado a crise económica e social, com destaque às greves, à subida de preço dos produtos da primeira necessidade e à falta de atenção na assistência médica e medicamentosa nos hospitais do país.
O líder da FREPASNA realçou os esforços diplomáticos do Sissoco Embaló, embora não tivesse concordado no início com a forma como entrou no Palácio da República que “não é a tradicional, de acordo com o regime jurídico e constitucional do país”.
“Hoje viemos felicitá-lo e reconhecer a dinâmica que está a imprimir ao nível da diplomacia internacional, mas é preciso fazer o mesmo esforço internamente, para que haja entendimento e confiança entre governados e governantes, permitindo a paz social e o almejado desenvolvimento”, sugeriu.

Baciro Dja disse ter manifestado ao chefe de Estado a preocupação sobre os fundos desviados na Agência Nacional de Caju (ANCA) e outros setores da vida pública e social do país.
“O Presidente da República garantiu-nos que tomará as devidas diligências, instruindo a Polícia Judiciária para investigar esses assuntos”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A