PALUDISMO CAUSA MAIS DE 450 ÓBITOS EM 2021 NA GUINÉ-BISSAU

O Secretário-geral do ministério da Saúde Pública, Quiletche Na Isna, revelou que os dados do Instituto Nacional de Saúde (INASA) mostram que, do total de 181 855 casos de paludismo, incluindo os chamados casos comunitários registados em 2021, 462 resultaram em óbito.

Quiletche Na Isna falava esta segunda-feira, 25 de abril de 2022, durante a cerimónia da celebração do dia mundial de luta contra o paludismo, sob o lema: “Aproveitar a inovação para reduzir a carga da doença do paludismo e salvar vidas”, realizada numa das salas de reuniões do ministério.

O responsável afirmou na sua intervenção que a Guiné-Bissau é um país endêmico com a transmissão estável e de alta prevalência da doença, tendo acrescentado que apesar das melhorias verificadas no domínio da prevenção, diagnóstico e tratamento, o paludismo continua a figurar na lista das doenças que constituem maiores problemas da saúde pública na Guiné-Bissau.

Na Isna explicou que o país, juntamente com os seus parceiros técnicos e financeiros, tem consentido esforços no sentido de diminuir a mortalidade causada pela doença.

“Diante dos dados e tendências recentes, dois marcos críticos da estratégia global de paludismo da OMS foram perdidos: a redução da incidência de casos e as taxas de mortalidade em pelo menos 40 por cento até 2020, em comparação com os níveis de 2015” assegurou, para de seguida afirmar que o progresso em direção à meta específica do paludismo dos objetivos de desenvolvimento sustentável, que exige o fim do paludismo em todo o mundo até 2030, também está fora do desejado.

Para o Coordenador do Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo, José Ernesto Nante, a Guiné-Bissau tem vindo a travar uma luta renhida contra o paludismo, sendo a causa principal de “morbimortalidade”, por isso o governo garante o tratamento gratuito da doença nas estruturas sanitárias e particularmente para crianças e grávidas, como também oferece mosquiteiros impregnadas de longa duração para a proteção dessa doença.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A         

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