
O Brigadeiro General da divisão da Ação Administrativa das Forças Armadas, Suaibo Camará, revelou que as mulheres representam apenas 18% do efetivo de militares da Guiné-Bissau.
Suaibo Camará falava esta sexta-feira, 06 de maio de 2022, na cerimónia de investidura do novo elenco diretivo da Repartição de Género, Emancipação e Ação das Mulheres nas Forças Armadas.
O Brigadeiro General defendeu a escolarização das mulheres para poderem concorrer às mesmas oportunidades que os homens, lembrando que as mulheres deram uma contribuição importante na luta de libertação da Guiné-Bissau.
“Às vezes recebemos bolsas de estudo nas Forças Armadas para as mulheres. No nosso caso, os requisitos que são exigidos, a maior parte das nossas mulheres não consegue preenchê-los e essas oportunidade passam automaticamente para os homens”, lamentou e disse que é preciso a emancipação das mulheres em toda esfera social, sobretudo no capítulo da educação, investir na formação e na aprendizagem de línguas estrangeiras, nomeadamente o inglês e o francês.
Camará disse acreditar na capacidade das mulheres das forças armadas e lamentou o facto de representarem, atualmente, apenas 14% de bolseiros militares no estrangeiro.
Por outro lado, a nova Chefe de Género, Emancipação e Ação das Mulheres nas Forças Armadas, Major da Força Aérea, Mirna Mariza Pinhel Baldé, disse que a prioridade da sua direção será apostar na formação e capacitação das mulheres.
Mirna Baldé também disse que vão engajar-se seriamente na implementação da resolução 13/25, aprovada em outubro de 2000, data em que, pela primeira vez, as Nações Unidas abordaram o assunto de género.
“O objetivo do nosso plano de atividade visa criar mudanças que favoreçam o conceito da igualdade e equidade de género dentro das Forças Armadas”.
Por: Djamila da Silva
Foto: D. S