
O primeiro contingente da Missão de Estabilização e Segurança da Guiné-Bissau da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chega esta quarta-feira, 18 de maio, ao país para uma missão de 12 meses.
Uma fonte militar disse à Lusa que o primeiro contingente de 90 militares, de um total de 631, entram hoje na Guiné-Bissau a partir da fronteira de Djegue, em São Domingos, norte do país, provenientes do Senegal, onde vão ser recebidos por uma delegação do Estado-Maior General das Forças Armadas guineense.
Devem integrar a força da CEDEAO militares da Nigéria, Togo e Senegal, num primeiro momento, podendo mais tarde ser reforçada por soldados de outros países da comunidade oeste africana, precisou a fonte militar guineense.
Um grupo de oficiais do comando da força encontra-se em Bissau, desde finais de abril, e o grosso do contingente será instalado no Clube Militar, no bairro da Santa Luzia, e no quartel do regimento da Banda de Música, junto ao aeroporto Osvaldo Vieira.
COSTA DE MARFIM OCUPA COMPONENTE DE SAÚDE DA FORÇA DE CEDEAO

A Costa de Marfim destacou 50 soldados, incluindo uma mulher, que vão se juntar à missão de estabilização da CEDEAO na Guiné-Bissau e ocupar-se-á do setor de saúde.
Segundo uma página do Presidente da Costa de Marfim, a missão da corporação marfinense visa, entre outros aspetos: implantar e equipar um hospital de nível 2 para prestar apoio médico aos 631 militares que integram a missão e, eventualmente, apoiar as populações locais em matéria de saúde.
O chefe da corporação militar marfinense é um médico radiologista tenente-coronel FOUE Ange, que contará com o apoio de oito clínicos gerais e especialistas, além de vinte e duas enfermeiras. Esses especialistas em saúde serão apoiados por sete funcionários administrativos e protegidos por um grupo de combate de doze homens.
A cerimónia da entrega da bandeira e da despedida dos soldados foi realizada na terça-feira, 17 de maio, no quartel “Camp Gallieni”, em Abidjan.
Sobre a natureza da missão e a capacidade para cumpri-la, o Tenente General Lassina Doumbia manifestou a sua plena confiança nos seus homens.
Segundo Tenente General Doumbia, essa certeza baseia-se na formação especializada da sua equipa e no critério de profissionalismo que regeu a sua seleção.
Refere-se que os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram enviar uma missão militar de estabilização para a Guiné-Bissau, em fevereiro, após o ataque contra o Palácio do Governo, enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros com a presença do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian.
Em fevereiro de 2020, após ter tomado posse como Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló mandou acantonar e sair do país a Ecomib, uma força de interposição enviada para a Guiné-Bissau na sequência do golpe de Estado de 2012 para garantir a segurança às instituições de Estado e aos principais líderes políticos guineenses.
Por: Redação
Democrata/lusa