
O Embaixador do projeto musical inovador “Marimba”, na Guiné-Bissau, Apatche Liga Có (vulgo Patche di Rima), lamentou o facto de a Guiné-Bissau não dispor de uma política de industrialização musical, desde 1973 até à presente data.
O músico de renome internacional fez esta afirmação na cerimônia do lançamento do projeto “Marimba”, realizada esta quinta-feira, 19 de maio de 2022, numa das unidades hoteleiras de Bissau, cujo objetivo é valorizar, a nível internacional, a produção musical de Angola, da Guiné-Bissau, de Moçambique e de Timor-Leste.
Patche di Rima afirmou que o projeto visa resolver os “reais problemas” ou dificuldades na indústria da música guineense.
Assegurou que na primeira fase vai trabalhar na recuperação (gravação) de músicas tradicionais, e capacitar agentes musicais e produtores no sentido de internacionalizar a música da Guiné-Bissau, de Angola, de Moçambique e de Timor-Leste.
“Independentemente da sua vocação na indústria musical, o Projeto Marimba, irá criar condições para gerar pequenos negócios através da cultura. Irá trazer também inovação na criação artística, recursos humanos e seu conhecimento através da divulgação, gestão de carreiras artísticas dos países que fazem parte do projeto para a internacionalização da música PALOP”, detalhou.
Para o músico e compositor, os músicos guineenses não devem continuar a fazer música do ponto de vista informal.
“A música exige responsabilidade e estrutura no que toca à sua gestão, Staff e quem cuida do artista, neste caso é o assessor de imagem e comunicação. Por isso deve haver investimento sério para que a música guineense possa ir mais longe”, defendeu.
Importa referir que o requerente principal do projeto é uma produtora e agência musical portuguesa “Soundsgood”, sediada em Lisboa, com vasta experiência no trabalho de valorização de artistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (PALOP-TL).
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A