O ministro cessante da Saúde Pública, Dionísio Cumba, apelou aos guineenses para se manterem calmos sobre casos de varíola dos macacos que se registam neste momento em Portugal, tendo acrescentado que a propagação desta doença é menos perigosa em relação à covid-19.
As autoridades sanitárias portuguesas confirmaram 37 casos de infeção pelo vírus “monkeypox”, responsável pela doença conhecida por varíola dos macacos. Deste número, 35 foram detetados na região de Lisboa. Facto que constitui preocupação dos guineenses face aos riscos da propagação da doença na Guiné-Bissau que tem voos de ligação frequentes com Portugal.
Cumba disse que as autoridades sanitárias estão a acompanhar a evolução dos casos de varíola a nível mundial, bem como o novo estudo sobre a doença.
O também pediátrico falava aos jornalistas esta segunda-feira, 23 de maio de 2022, a margem da cerimónia de instalação da primeira “gastroscopia” na Guiné Bissau no hospital pediátrico de Bor, no quadro do projeto “Ngali”, avaliado em 26 milhões de Francos CFA.
Questionado sobre medidas acionadas pelo ministério da saúde para a prevenção de casos de varíola, respondeu que a situação não é de se alarmar, porque “é uma doença cuja manifestação é notável na pele, o que facilita a sua deteção e melhor cuidado”.
Sobre “gastroscopia”, disse que vai permitir a realização de diagnósticos de problemas digestivos e intestinais, reduzindo deslocações de pacientes que procuram estes exames no exterior.
Explicou que está a ser ministrada uma formação a alguns técnicos sobre o uso deste equipamento disponível no hospital desde 2014, mas que não funcionava por falta de técnicos especializados.
Garantiu que o projeto será alargado para todo o território nacional, de forma a permitir a deteção dos problemas gastrointestinais.
Por: Epifânia Mendonça