
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, acaba de exonerar três membros do novo governo de iniciativa presidencial. Tratam-se de Fernando Dias, ministro de Estado dos Recursos Naturais, Mário Siano Fambé, Ministro da Energia e Indústria, e Tcherno Djaló, ministro da Educação Nacional.
Os três altos dirigentes do Partido da Renovação Social (PRS) não compareceram no palácio presidencial para a cerimônia de tomada de posse do novo executivo, esta sexta-feira, 10 de junho de 2022, por o partido supostamente discordar da forma como o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, conduziu o processo que resultou na formação do novo governo.
No decreto Nº 29/2022 lido pelo Conselheiro Porta-voz da Presidência da República, António Óscar Barbosa (Cancan), o presidente Sissoco Embaló não evocou nenhuma razão para exoneração dos três membros do governo de iniciativa presidencial, que haviam sido indicados, através do decreto Nº 27/2022, como membros do novo executivo liderado por Nuno Gomes Nabian.
Para além de Fernando Dias, Tcherno Djaló e Mário Fambé, também esteve ausente na tomada de posse Suzi Carla Barbosa.
Sobre este último caso, a presidência informou que a ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades não tomou posse, por se encontrar em missão de serviço no estrangeiro.
Os três membros do governo exonerados pertencem ao presidium do partido e são todos vice-presidentes do PRS, sendo que Fernando Dias detém atualmente a presidência em exercício do partido.
Contudo, outro dos vice- Presidente do partido, Orlando Mendes Veigas, atual ministro das pescas, Dionísio Cumba, Ministro da Saúde Pública, Ilídio Vieira Té, Secretário de Estado de Tesouro, João Alberto Djatá, Secretário de Estado de Orçamento e Assuntos Fiscais, Mónica Buaró da Costa, Secretária de Estado de Plano e Integração Regional, Augusto Poquena, Secretário de Estado da energia, Francelino da Cunha, Secretário de Estado da Cultura, e Augusto Cabi, Secretário de Estado da Ordem Pública tomaram posse no ato que decorreu, na presidência da República.
O PRS convocou a comissão política nacional para analisar o decreto e consequentemente pronunciar-se sobre o novo cenário político no país.

Interpelado pela imprensa sobre a ausência dos três dirigentes na posse dos novos membros do governo, Nuno Gomes Nabian disse que se tratava de uma “ questão de concertação” e que o chefe de Estado voltaria a chamá-los na segunda ou terça-feira para a tomada de posse.
Por: Tiago Seide