
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que o governo de iniciativa presidencial que acaba de tomar posse é da sua confiança pessoal, “desde o primeiro-ministro até ao último membro”.
O chefe de Estado fez essa observação na cerimônia de tomada de posse dos novos membros do executivo de sua iniciativa, esta sexta-feira, 10 de junho de 2022, na qual não compareceram três altos dirigentes do Partido da Renovação Social (PRS), a saber, Fernando Dias, presidente em exercício do partido, Tcherno Djaló e Mário Siano Fambé, vice-presidentes.
No discurso, Sissoco Embaló aconselhou o primeiro-ministro a não mexer com as estruturas a nível dos ministérios mas exigiu que se mantenha a dinâmica do anterior executivo, tendo alertado que ele será mais exigente em relação às ações de governação, porque “politicamente o governo é responsável por tudo”.
Dirigindo-se ao Procurador-Geral da República (PGR) e ao Presidente do Tribunal de Contas (TC), Embaló avisou que a sua luta contra à corrupção é “incessável”, tendo-lhes exortado a procederem “auditorias a pente fino”, a todos os ministérios, à Presidência da República e a todos os departamentos do Estado.
Disse concordar com a decisão do PGR de que todos os partidos devem prestar contas, mas lembrou que o governo não subvenciona nenhum partido político na Guiné-Bissau, razão pela qual pediu ponderação na sua aplicabilidade, pelo menos, até às eleições de 18 dezembro.
“Há uma desorganização a nível dos partidos políticos, alguns nem sede têm. É um assunto, senhor Procurador, que deve ser analisado em conjunto, porque deve ser também alargado aos candidatos presidenciais”, sublinhou, exigindo que se justifique a proveniência de dinheiros usados nas campanhas eleitorais.
O chefe de Estado frisou que jamais terá intenção de manipular a justiça.
“Sou uma pessoa séria, não tenho medo da justiça porque não tenho motivos para tê-lo”.
Por: Filomeno Sambú
Foto: Aguinaldo Ampa