Novo Governo: PAIGC DIZ QUE “PREPOTÊNCIA E USO DA FORÇA” PODEM COMPROMETER AS LEGISLATIVAS 

O Bureau Político do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde afirmou que a “prepotência e o uso da força”, contra todas as vozes e opiniões discordantes do atual regime político instalado no país, podem ser fatores de desperdício para a preparação do próximo pleito eleitoral na Guiné-Bissau.

Na resolução da 2ª reunião extraordinária do órgão realizado na quinta-feira, 09 de junho de 2022, na qual foi analisada a situação política vigente no país, o PAIGC lamenta aquilo que considera “soberana ocasião” para a criação de um ambiente de apaziguamento e tranquilidade, fundamentais para a melhoria das condições de vida dos cidadãos, alertando que “a preparação do próximo pleito eleitoral possa voltar a ser desperdiçada a favor da prepotência e do uso da força contra todas as vozes e opiniões discordantes do atual regime político instalado no país”.

Lê-se no documento na posse de O Democrata que, quando foi convidado a integrar o governo de iniciativa presidencial, o partido apresentou as condições prévias para a sua integração, nomeadamente a eliminação de todos os atos de violação dos direitos civis e políticos, dos cidadãos e das entidades nacionais, a eliminação de todas e quaisquer interferências de entidades estranhas ao jogo político, nomeadamente as instâncias judiciais, assim como a criação de um ambiente de paz e de apaziguamento que permita a preparação do processo eleitoral com condições para garantir a liberdade, a justiça e a transparência do ato eleitoral.

O documento informou, neste particular, que essas propostas receberam o melhor acolhimento nas primeiras abordagens, seguindo-se, inclusive, promessas do seu imediato atendimento.

“Através de uma correspondência não assinada e sem logotipo institucional, o partido foi  convidado a preencher as pastas dos Ministérios da Economia, Plano e Integração Regional, Recursos Naturais, Petróleo e Minas, Educação Nacional, e as secretarias de Estado de Plano e Integração Regional, da Juventude, Emprego e Formação Profissional e da Gestão Hospitalar”, refere o documento.

O PAIGC informa também que “apesar de reiteradas promessas e, perante a insistência da Comissão Negocial em dispor de evidências que assegurem o comportamento das partes pelo respeito dos pressupostos acima descritos”, as posições foram mudando, tendo passado de cumprimento absolutamente certo, para promessa de cumprimento, mas sem prazos fixos, até que finalmente chegou a indicação de que não se aceitava nenhum condicionamento ao preenchimento dos postos ministeriais propostos.

Neste sentido, o PAIGC explicou que a Comissão Negocial, “à luz do mandato recebido pelo Bureau Político”, avaliou a cada momento os elementos disponíveis tomando decisões que entender coadunar-se com os superiores interesses do partido e da nação guineense.

Por: Tiago Seide

1 thought on “Novo Governo: PAIGC DIZ QUE “PREPOTÊNCIA E USO DA FORÇA” PODEM COMPROMETER AS LEGISLATIVAS 

  1. So que o PAIGC de DSP esquece-se de um aspecto. O seu, pois dele tempo de apaziguamento do pais e da politica nacional nao e o mesmo que DSP e seus pares teem arredondado no seu calendario. O PAIGC deveria ter zelado para o apaziguamento do pais desde quando o seu candidato proprio e lider em funcoes do partido perdeu as eleicoes presidenciais. Vao longo os tempos em que os guineenses nasciam com os olhos de palpebras celadas.

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