O Reino de Marrocos defendeu uma política de migração humanista, global, pragmática e responsável, que faz do reino uma terra de acolhimento. Esta é a posição da Embaixada do Reino de Marrocos na Guiné-Bissau, anunciada através de uma nota de esclarecimento, para esclarecer os incidentes perpetrados por “grupos mafiosos” que, de acordo com o governo, exploram a emigração ilegal em Nador, onde se registou o incidente no dia 24 de junho do ano em curso.
As autoridades marroquinas deploram o assalto perpetrado na última sexta-feira na cidade de Nador e que resultou na morte de vários migrantes. A embaixada marroquina lamenta a perda de vida de 23 migrantes e 76 feridos e dos quais 18 estão hospitalizados, alguns receberam os devidos cuidados deixaram o hospital.
“Este drama, além de sua dimensão de tragédia humana, demonstra o extremo perigo e violência das redes de tráfico de pessoas que atacam, em total negação, a santidade da vida das pessoas”, lamenta a embaixada do Reino de Marrocos em Bissau, em nota de esclarecimento divulgada pela Embaixada na Guiné-Bissau.
A nota informa, neste particular, que milhares de imigrantes subsaarianos vivem, trabalham e estudam em Marrocos. Ainda, de acordo com a nota, doze mil estudantes africanos estão no reino, através do canal de cooperação e deste número, 90 por cento são bolseiros do Reino, realçando que os migrantes africanos estão totalmente integrados.
O Rei Mohammed VI defende sempre a cooperação Sul-Sul unida e ativa, que coloca o elemento humano no centro das ações, de projetos e iniciativas. Por isso, Marrocos aplica com firmeza os compromissos internacionais do Reino em matéria de migração e asilo e de respeito pelos direitos humanos.
“Estes compromissos internacionais em matéria de migração refletem-se na implementação da Estratégia Nacional de Imigração e Asilo, que pretende ser uma política que respeite a dignidade e os direitos dos migrantes, bem como uma política inclusiva para os migrantes em todos os países. (educação, emprego, alojamento, saúde, formação profissional etc.)” lê-se na nota.
“Lamentamos, infelizmente, este assalto de grande violência perpetrado em Nador no dia 24 de junho de 2022, por grupos mafiosos perigosos e violentos que operam no tráfico de pessoas com risco de vida de migrantes”, assegura.
Em relação às redes de emigração clandestina, o governo marroquino continua determinado a reforçar a cooperação com todos os parceiros no quadro da responsabilidade partilhada para uma melhor segurança regional.
“Naturalmente Marrocos continua empenhado em reforçar a política migratória humanista e unitária na proteção dos migrantes vulneráveis e vítimas destas redes mafiosas e também empenhado em continuar a sua luta contra as redes de tráfico de seres humanos que mancham a nobre dimensão da migração”, refere a nota.
Informou que os agressores atacaram a polícia ferindo 140 agentes, um dos quais ainda está hospitalizado. Contudo, reconheceu que, ao longo deste ataque, a polícia tem demonstrado o profissionalismo.
“O assalto foi realizado com muita violência, de forma planeada com líderes experientes e treinados, armados com armas brancas, pedras e paus que atacaram os polícias. Os atacantes infiltraram-se pela fronteira com a Argélia, aproveitando-se da frouxidão deliberada do país em controlar suas fronteiras com o Marrocos” assegurou, para de seguida, avançar que o governo de Marrocos deplora esta tragédia humana, mas garante que “continuará a agir de forma firme e implacável contra as redes de tráfico e contra esta minoria violenta que repudia a dimensão nobre da migração”.
O Reino de Marrocos informa, nesta nota, continuará também, de acordo com as Altas Orientações Reais, a consolidar a sua dinâmica de política migratória humanista, inclusiva e unida, na continuidade da sua vocação eminentemente africana.
Nesta perspetiva, o Reino de Marrocos, através da Visão e às Orientações Reais em Matéria Migratória, posiciona-se num rumo estratégico que enriquece a diversidade e vitalidade da sociedade marroquina.
“No Reino de Marrocos, o respeito pela dignidade e todos os direitos dos migrantes, bem como a fraternidade e a solidariedade africana são e serão sempre observados”, enfatiza.
Por: Redação