
A Guiné-Bissau assume a presidência rotativa da Conferência de Chefes de Estado e do Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), tornando-se assim o primeiro país da África lusófona a dirigir aquela organização sub-regional.
A decisão saiu da 61ª Conferência Ordinária de Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO realizada este domingo, 3 de julho de 2022, em Acra (Gana), que centralizou o debate sobre a situação política, de segurança e económica da organização.
Os chefes de Estado analisaram os relatórios que descreve a situação política no Mali, na Guiné-Conacri e no Burquina Fasso, bem como o estado da comunidade, a reforma a nível da organização, o projeto da moeda única e a eleição do presidente da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.
Sobre o último tema, o presidente Umaro Sissoco Embaló foi eleito Presidente em exercício da CEDEAO para os prôximos dois anos e vai substituir em função o presidente ganês, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo.
Embaló vai prosseguir com trabalhos dos dossiês dos países membros da organização suspensos por causa de golpe de Estado, designadamente: Mali, Guiné-Conacri e Burkina Faso.
Outro assunto que merecerá a atenção da presidência da Guiné-Bissau é o desafio da segurança na sub-região, particularmente a questão do fenómeno do terrorismo.
“A Guiné-Bissau consegue assim um feito inédito, graças à indiscutível magistratura de influência do Presidente da República. Desde a criação da CEDEAO em 1975, nunca um país lusófono presidiu esta organização”, informa uma nota da presidência da república, a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso no início da tarde deste domingo.
Entretanto, o primeiro-ministro português, António Costa, já felicitou o Presidente da República da Guiné-Bissau.
“Felicito calorosamente o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, pela sua eleição como presidente da CEDEAO”, declarou António Costa, segundo a agência Lusa, que citou uma publicação da conta oficial da rede social Twitter, do chefe do governo portugês.
Por: Assana Sambú