
A ministra da Educação Nacional, Martina Moniz, entregou esta sexta-feira, 15 de julho de 2022, diplomas do curso superior a oito estudantes guineenses bolseiros formados na República Popular da China, nas áreas da medicina, da economia e da ciência política e relações internacionais.
A cerimónia decorreu nas instalações da Embaixada da China em Bissau e contou com as presenças do Embaixador Guo Ce, e de pais e encarregados de educação.
Durante a pandemia de novo coronavírus que assolou esse país asiático, em 2019, tiveram que interromper os estudos e regressar ao país. Na impossibilidade de regressar à China, resolveram prosseguir os estudos por via online, através de uma iniciativa apoiada pela Embaixada da China na Guiné-Bissau.
A ministra da Educação disse que a cerimónia é revestida de um grande significado para os finalistas, sobretudo para o país, resultado de uma “frutuosa cooperação entre a Guiné-Bissau e a República Popular da China”.
“Quero endereçar-vos, em nome do governo, as nossas felicitações, porque ao longo de todos estes anos que estiveram na China e longe da família souberam honrar os vossos nomes e do país, justificando deste modo todos os esforços financeiros, diplomáticos e outros que vos foram dedicados nesta caminhada”, enfatizou.
Assegurou que os jovens finalistas passam a integrar assim o “rico lote de quadros que o país precisa para atingir a almejada meta com que os pais fundadores sonharam”, tendo agradecido ao governo chinês pelo apoio que tem dado ao governo da Guiné-Bissau.
O Embaixador da República Popular da China, Guo Ce, disse estar satisfeito por acolher a primeira cerimónia de graduação de estudantes finalistas dos cursos superiores nas diferentes universidades chinesas na Embaixada do seu país em Bissau.
Guo Ce notou que não obstante as diferenças no nível do desenvolvimento entre os dois país, a China e a Guiné-Bissau são países em vias de desenvolvimento. Frisou que existem várias áreas nos respetivos países que precisam ser desenvolvidas com urgência.
“Espero que os finalistas farão bom uso de seus conhecimentos científicos para dar mais contribuições para o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Acredito que as experiências adquiridas na China ao longo do estudo podem fazer ainda mais a diferença”, sublinhou.

Por sua vez, o presidente da associação dos estudantes guineenses na China, Saido Camará, reconheceu que estudar em mandarin não é nada fácil, mas “vocês conseguiram, apesar de todas as diversidades”.
“Estudar na China aulas presenciais é dez vezes mais difícil. Imaginem fazê-lo online como fuso horário diferente!”, salientou, para de seguida encorajar os finalistas na nova fase nas suas vidas de luta pelo emprego.
Por: Assana Sambú