A empresa de telecomunicações Orange Bissau denunciou esta quinta-feira, 28 de julho de 2022, o corte de um metro do cabo ótico em Nhoma, a cerca de 20 quilómetros de Bissau, que levou a empresa a ter cortes no fornecimento regular da internet nas primeiras horas desta quinta-feira.
As informações da direção técnica da empresa indicam que o cabo terá sido cortado na manhã de hoje por desconhecidos.
O cabo em fibra ótica que transporta o tráfego de comunicações para o internacional, objeto de corte, encontrava-se no interior de um tubo protetor vulgo “PVC”, e pouco distante da estrada principal.
Esta manhã uma equipa constituída por elementos da empresa Orange, da Polícia Judiciária (PJ), da Autoridade Reguladora Nacional (ARN) e das Obras Públicas deslocou-se ao local onde ocorreu o ato, para inteirar-se dos danos.
Charlo Badje, responsável do departamento de infraestruturas de transmissão, contou que tomaram conhecimento através do registo do corte de distribuição da rede de internet.
“Depois disso detectamos falhas de distribuição numa distância de 22 quilómetros da capital Bissau. Era concretamente na zona de Nhoma, região de Oio”, explicou.
“As informações que recolhemos dos moradores é que naquela zona exploram-se inertes, cascalho e que ontem uma empresa chinesa ligada à construção das estradas em Safim, arredores de Bissau, terá realizado trabalhos de exploração de cascalhos, que provavelmente tenha deixado o cabo exposto. Mas não cortaram nada. Tudo deve ter acontecido esta manhã, em que ninguém realizou trabalhos aqui. Como podem constatar o autor deixou o pedaço do cabo, cortado em dois lados, a alguns metros do local”, detalhou, citando os moradores.
“Não foi roubado nada do sítio, cortaram apenas os cabos que estavam bem protegidos dentro um tubo do tipo PVC. Os vestígios indicam que terá sido utilizado um material de corte”, insistiu.
Charlo lamentou que a interrupção no fornecimento do serviço da internet tenha causado enormes prejuízos à empresa, porque” algumas zonas e localidades do país ficaram várias horas sem serviço”.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
