DETIDO UM CIDADÃO CAMARONÊS COM BILHETE DE IDENTIDADE FALSO

A Direção-geral da Migração e Fronteiras anunciou que descobriu um cidadão da nacionalidade camaronesa com falsas peças de identificação da Guiné-Bissau, designadamente, bilhete de identidade, certidão narrativa completa e registo criminal. Esses documentos foram emitidos na região de Cacheu, concretamente na seção de Ingoré, com objetivo de ter acesso ao passaporte. 

A denúncia foi feita esta sexta-feira, 29 de julho de 2022, pelo diretor-geral da Migração e Fronteiras, Lino Leal da Silva, durante uma conferência de imprensa. 

Da Silva criticou a atitude de cidadãos guineenses que facilitam  ou colaboram com estrangeiros para a obtenção de passaporte nacional para fins de emigração com os documentos da Guiné-Bissau.  

“Há poucos dias detivemos um cidadão da nacionalidade camaronesa que queria fazer passaporte da Guiné-Bissau. Ele disse que terá contactado um cidadão guineense para ajudá-lo na obtenção dos documentos necessários para obtenção  do passaporte, mas aquele lhe terá pedido uma soma de dois milhões e meio de francos CFA. Não chegaram ao consenso. Foi pedir outro cidadão guineense que o terá exigido apenas um valor de 200 mil F.CFA, para a facilitar na obtenção  bilhete de identidade e passaporte”, revelou. 

Leal contou que tudo terá acontecido em uma das visitas de rotina que faz na sala de Scanner de passaportes.

“Deparei-me com aquela pessoa que estava pronta a escanear. Vi o rosto dele e fiquei desconfiado. Pedi os seus documentos para apreciar e constatei que eram falsos. Transmiti-os aos  serviços de informação, que descobriram que é um camaronês, não guineense”, contou.  

Perante esta situação, Lino Leal da Silva pediu a colaboração institucional, sobretudo do ministério de Justiça, na luta  contra redes de falsificadores de documentos.  

“Estes três tipos de identidade que dão acesso a passaporte a qualquer cidadão que os detiver”.

O diretor-geral da Migração e Fronteira disse estranhar-se pelo facto de os documentos falsos terem sido recorrentemente descobertos na região de Cacheu, setor de Bigene. 

“O bilhete de identidade foi emitido no dia 31 de outubro de 2017, mas o cidadão camaronês confessou que chegou à Guiné-Bissau em 2022, sem especificar a data da entrada ao nosso país”, explicou o diretor geral, para de seguida avançar que o cidadão camaronês foi entregue aos agentes do Departamento de Informação Policial e Investigação Criminal (DIPIC) do Comissariado Nacional da Polícia da Ordem Pública.   

Por: Carolina Djemé

Fotos: C.D     

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