
O coordenador do movimento dos jovens pela autarquia, Leopoldo Bernardo Té, acusou o governo de falta de vontade para a implementação das autarquias na Guiné-Bissau. O jovem ativista fez essa acusação no âmbito da jornada sobre os princípios, valores da carta africana e a descentralização do poder local.
O ativista afirmou que existem condições técnicas para a realização das eleições autárquicas na segunda metade de 2025, mas devido aos conflitos de interesses, tem sido difícil concretizar o processo de eleições locais.
“É uma chamada de atenção às autoridades nacionais sobre a necessidade de descentralizar o poder local. Não podemos deixar 10 de agosto passar despercebido, para que todos saibam que fazem parte do concerto das nações”, disse.
Segundo Leopoldo Bernardo Té, um dos objetivos principais dessa jornada é mostrar as vantagens e as desvantagens das autarquias e garantir que as autarquias não venham a ser conduzidas com foi construído o processo democrático na Guiné-Bissau.
O coordenador do movimento de jovens pelas autarquias sublinhou que se o país tem problemas que tem é porque o processo democrático não foi bem pensado.
“Devemos começar a equacionar mecanismos e falar das autarquias. As autarquias são um serviço autónomo criado por lei com personalidade jurídica, património e receita própria para executar atividades típicas da administração pública para o seu melhor funcionamento, bem como a gestão administrativa e financeira descentralizada”, salientou.
Por: Simaira Tavares de Carvalho