O Embaixador da República Federal da Nigéria para a Guiné-Bissau e Cabo Verde, Jhon James Usanga, afirmou que o contingente militar nigeriano está no país com o propósito de apoiar o exército guineense na manutenção da paz e ordem, no âmbito da missão da estabilização da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para a Guiné-Bissau.
“O contingente nigeriano não está na Guiné-Bissau para substituir as forças armadas guineenses, portanto sabemos que o exército guineense tem a capacidade de assegurar o país em qualquer situação de emergência. A Nigéria está aqui para apoiar o exército local no seu esforço da manutenção da paz e ordem para o bem-estar de todos, particularmente da população”, disse o diplomata nigeriano na sua comunicação na noite de segunda-feira, 15 de agosto de 2022, depois de uma visita ao navio da marinha de guerra da Nigéria que está atracado nos portos de Bissau.
O navio chegou aos portos de Bissau no domingo, trazendo ao bordo equipamentos e materiais ao contingente nigeriano que está no país no âmbito da missão de estabilização da CEDEAO. O navio “NNS KADA” é um navio multifunções com um comprimento de 100,68 metros e uma largura de 30 metros, com capacidade de funcionar como cargueiro, também dispõe de um poder de combate ferrenho.
O embaixador explicou que os materiais são uma contribuição do governo nigeriano para a missão da estabilização da paz. Acrescentou que o governo nigeriano está a pensar em apoiar economicamente e contribuir assim para o crescimento da economia da Guiné-Bissau.
“A estabilidade do país e o apoio económico dos parceiros permitirão a criação de um bom ambiente neste país e que possa atrair os investidores nigerianos, para que possam interessar-se em investir os seus dinheiros na Guiné-Bissau. A Nigéria está interessada em ver a estabilidade neste país e o seu desenvolvimento económico. Lembro-me que na minha chegada à Guiné-Bissau disse aos meus assistentes e aos meus compatriotas que podemos alimentar todo o mundo a partir da Guiné-Bissau, portanto este é um desafio aberto ao governo guineense e a popular em geral”, assegurou.
Jhon alertou o governo guineense para se engajar na implementação de políticas favoráveis para a estabilização política do país e investimentos económicos, de forma a atrair mais investidores.
Para o chefe do Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau, contra-almirante, Hélder Nhanque, o navio está no país para complementar a parte da força de estabilização.
“Nós como parte da autoridade da Guiné-Bissau, sobretudo a marinha, sentimos honrados com a presença da marinha nigeriana em Bissau” assegurou, para de seguida, afirmar que seria exagerado a marinha guineense pedir um navio multifunções como este da Nigéria.
” A grande verdade é que não chegamos esta fase ainda, portanto o governo no momento próprio pode conseguir meios precisos para a marinha da Guiné-Bissau, porque é a questão da responsabilidade, da representação e acima de tudo da honra”, contou acrescentando que seria muito bom que a marinha guineense pudesse ter uma plataforma de uma dimensão reduzida, porque uma das responsabilidades da marinha é a fiscalização costeira e colaborar com as entidades para combater os crimes praticado no mar.
Por: Assana Sambú