O Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC) lançou esta terça-feira, 23 de agosto, a primeira edição da “Skola di tempu di tchuba” para 20 participantes incluindo professores, pesquisadores, estudantes, profissionais e ativistas, com interesse na investigação científica.

A iniciativa “Skola di tempu di tchuba” visa proporcionar à nova geração de investigadores guineenses um espaço de reflexão, de partilha e de aprendizagem onde, para além de se tratar de um tema específico, podem familiarizar-se com ferramentas metodológicas e conceituais necessárias à uma pesquisa.

No seu discurso, o diretor do CESAC, Carlos Cardoso, disse que pretende com a escola colmatar as lacunas que existem em todas as áreas de formação.

Carlos Cardoso afirmou que 80% dos participantes da primeira edição da escola não tem formação superior (licenciatura) e apenas 16% tem mestrado, tendo realçado que se as coisas evoluírem “daqui a quatro  anos vamos ter pessoas com técnicas para fazer uma pesquisa ou escrever um artigo científico”.

“Segundo os dados estatísticos dos inscritos 80,5% nunca escreveu um artigo científico, apenas 17,1% já o  tem feito, mas a maioria são artigos de opinião que foram publicados em jornais e revistas de outra natureza, não científica”, sustentou.

Nesta primeira fase, vai ser abordado o primeiro módulo e o segundo será em setembro, com o tema sobre as técnicas quantitativas de investigação e o último vai ser no mês de novembro, onde o tema será as técnicas qualitativas de investigação.

 “Estamos a assistir, de forma global, à uma crise da democracia e depois desta, assistiremos a uma outra crise que é desrespeito pelos direitos humanos”, indicou.

Porː Noemi Nhanguan

Fotoː N.N