O Presidente da República da Guiné-Bissau e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), General Umaro Sissoco Embaló, pediu a ajuda à comunidade internacional para travar o avanço do terrorismo na África Ocidental e em toda a zona do Sahel.
“Trata-se de uma ameaça à paz e segurança internacional que, para ser eficazmente combatida, deve necessariamente envolver toda a comunidade internacional e a ONU, em particular” , alertou esta quinta-feira, 22 de setembro de 2022, o chefe de Estado guineense, durante o seu discurso na 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, nos Estados Unidos de América.
A 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas iniciou na terça-feira, 20 do mês em curso, com a presença dos líderes de todo o mundo. Os debates estão a ser marcados pela crise de segurança causada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as crises alimentar, energética e climática, e tensões China-Estados Unidos.
O chefe de Estado afirmu no seu discurso que a estabilidade de grande parte do continente africano e da África Ocidental, em particular, está ameaçada pela insegurança causada pelo terrorismo, bem como o extremismo violento e a criminalidade transnacional que, no seu entender, somaram as violações dos princípios do Estado de direito e da Democracia.
Recordou que a sub-região enfrenta grandes desafios em matéria de segurança e que precisa de paz para garantir o desenvolvimento e o bem-estar das suas populações, que “constituem a sua primeira riqueza”.
“A CEDEAO criou um quadro político, jurídico e mecanismos estruturais para
a prevenção e resolução de crises políticas e institucionais, mas, contudo, os desafios permanecem inúmeros e difíceis de resolver”, referiu.
Embaló, que também dirige a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), disse que, de acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 96 por cento dos casos globais de malária e 98 por cento das mortes por malária ocorrem em África, o que demonstra que o continente não atingiu o objetivo traçado de reduzir a incidência e mortalidade da malária em 40 por cento até 2020, uma etapa que considera fundamental para eliminação da malária no continente Africano até 2030.
“Precisamos tomar medidas adequadas para proteger a todos, em todos os lugares, das doenças infecciosas. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para convidar todos os países, governos, doadores e parceiros de desenvolvimento a contribuírem para o Reabastecimento do Fundo Global. Juntos e de maneira solidária, podemos acabar com a malária de uma vez por todas e salvar milhões de vidas humanas”, enfatizou.
O Presidente da República manifestou a sua solidariedade ao povo cubano, tendo exortado a necessidade de levantamento do embargo económico americano contra Cuba.
Por: Assana Sambú