O Presidente de Transição da República do Tchad, General Mahamat Idriss Deby Itno, afirmou em Bissau este domingo, 30 de outubro de 2022, que o acompanhamento forte das autoridades da Guiné-Bissau foi determinante no sucesso obtido na primeira fase da transição no seu país.
“O acompanhamento da Guiné-Bissau está ligado ao processo político até à instalação das instituições e a sua investidura. As nossas relações pessoais ajudarão na advocacia para a mobilização dos recursos financeiros, materiais, técnicos e diplomáticos que são necessários para o sucesso da segunda fase de transição”, disse o chefe de Estado tchadiano que se encontra em visita oficial ao país em declaração conjunta com o Presidente Umaro Sissoco Embaló.
O general Mahamat chegou ao início da noite de sábado em Bissau, acompanhado por alguns membros do governo tchadiano e elementos do seu gabinete, com o destaque para o ministro da comunicação e porta-voz do governo, Aziz Mahamat Salwh.
Explicou que a visita à Guiné-Bissau, o apoio a mais alto nível e a vitalidade das relações que unem os dois países, devem ser consolidados para tirar proveitos das potencialidades entre as partes.
“As nossas potencialidades são variáveis, mas são inexploradas, devido à ausência de um quadro de cooperação entre os dois Estados. Portanto, quero realçar a importância da efetivação de uma comissão mista que irá imprimir dinâmica nas nossas relações bilaterais, com vista a concretização das nossas grandes oportunidades em termos económicos para interesses dos dois países, como também reforçar a cooperação na área de segurança, criando um quadro de partilha de experiências, formações e informações para reforçar a segurança entre os dois países para que possamos lidar com a propagação do grupo de Jihadistas a escala continental em África”, sublinhou.
Por sua vez, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, lembrou a relação de amizade que tinha com o falecido Marechal – Presidente Idriss Deby Itno, tendo acrescentado que a diferença de idade entre eles levou-lhe a considerar o falecido presidente como um pai, “porque em várias ocasiões beneficiei da sua atenção e apoio”.
“Quero expressar a nossa condenação mais veemente aos atentados de terrorismo no Tchad. Aproveito esta ocasião para reiterar toda a nossa solidariedade ao povo, às autoridades do Tchad e as famílias das vítimas do terrorismo. Também quero expressar o nosso sentimento de profunda solidariedade com as vítimas da grande inundação que recentemente atingiu 18 das 23 regiões do Tchad, provocando destruição de bens pessoais e de património público”, lamentou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
