
Um grupo de 12 escritores militares/paramilitares publicou esta quarta-feira, 16 de novembro de 2022, um livro “A força da liberdade”, uma coletânea de 58 poemas, dos quais 50 escritos em português e 8 em crioulo.
A cerimónia de lançamento do livro teve lugar na Fortaleza de Amura, no âmbito da celebração do 58º aniversário das Forças Armadas. O ato contou com a presença do chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Biaguê Na N´Tan e do ministro do Estado e da Defesa Nacional, Marciano Silva Barbeiro.
A obra, que contou a colaboração de 12 escritores, incluindo uma mulher, revela o rosto da coletividade militar, belas artes que refletem sobre o amor, a paixão, a independência, a paz e questões sociais, bem como uma figura “mais humana” que está atrás das fardas e patentes.
Na sua intervenção, Marciano Silva Barbeiro reconheceu o esforço do grupo em lançar a iniciativa e pensar na literatura militar guineense, porque revela um sinal de transformação e de relançamento do novo conceito dos militares.
“O livro é um sinal evidente que as nossas Forças Armadas estão empenhadas no processo de transformação e relançamento de um novo conceito das forças armadas, na perspetiva de um futuro melhor”, enfatizou, destacando que a obra vai para além da missão primária da defesa militar da pátria.
“A iniciativa dos autores deste livro significa a prática da execução secundária com a intervenção em outras áreas de desenvolvimento académico, cultural, em concreto, e a literatura militar guineense, de modo particular.
O governante afirmou que o título escolhido exprime um sentimento “ardente típico” do estado democrático que “nos fez gozar dos nossos direitos e que no contexto militar deve ser entendido como um imperativo para a defesa da pátria contra as ameaças que possam privar a liberdade ao nosso povo face às cobiças de qualquer que seja outra nação que esteja a espalhar o medo no seio das populações”.
“A força da liberdade é um título magnífico, é bastante forte e apelativo por dar realce à robustez e ao vigor de um dos direitos fundamentais dos Homens”, enfatizou.
Por sua vez, Neusa Tambá, representante dos autores do livro, disse que a obra vem demostrar que existem militares e paramilitares escritores que podem contribuir na mudança do paradigma de constantes instabilidades políticas.
“Esta obra, sem dúvida a primeira de muitas, vem justificar e revelar que a comunidade militar é muito mais do que muitos pensam, nela podemos ver o rosto da coletividade militar pelas belas artes que refletem sobre o amor, a paixão, a independência, a paz e as questões sociais, bem como uma figura mais humana que está por detrás das fardas e das patentes”, salientou.
Por: Simaira de Carvalho