Domingos Simões Pereira foi reeleito presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para um terceiro mandato consecutivo na tarde do domingo, 20 de novembro de 2022, obtendo 1163 votos dos delegados que correspondem a 91,64 por cento.
Simões Pereira foi candidato a sua própria sucessão no décimo congresso ordinário que decorreu de 18 a 20 do mês em curso, em Gardete, arredores de Bissau, sob o lema “Consolidação da Coesão Interna, à luz do pensamento de Amílcar Cabral, do resgate do poder popular e promoção do desenvolvimento”.
Pereira disputou a liderança do partido neste congresso com Octávio Lopes, que obteve 62 votos, João Bernardo Vieira, que conseguiu 32 votos e Edson Araújo, que obteve quatro votos, vai fazer mais quatro anos de mandato à frente dos libertadores.
Dos 1400 delegados escolhidos para participar no congresso, 1268 votaram dos quais, tendo-se registado 5 votos nulos e 3 branco.
Após a proclamação dos resultados pela comissão organizadora, Simões Pereira disse na sua comunicação que o PAIGC demonstrou a sua grandeza em termos da democracia, abertura e pluralismo, em que todas as sensibilidades do partido tiveram oportunidade de expressar os seus sentimentos. Acrescentou que a decisão que acaba de sair no congresso mostra o rumo do partido para transformar as aspirações do povo guineense num programa e compromisso para uma visão futura.
Explicou que os delegados ao décimo congresso quiseram dizer à nação guineense que o PAIGC está altura para um compromisso de futuro para resgatar a desgovernação que está acontecer no país e repor a todos os cidadãos o direito de trabalhar.
Simões Pereira disse que os seus adversários engrandeceram a democracia interna do partido, porque demonstraram a maturidade durante a reunião magna do partido libertador.
“Com o encerramento do congresso a disputa interna terminou e cabe a cada candidato e militante trabalhar seriamente para o bem do partido que está ao alcance de ter um Presidente da República e um governo para dirigir a nação guineense nos próximos tempos”, assegurou.
O segundo candidato mais votado, Octávio Lopes, disse que terminou uma etapa importante na vida do PAIGC, que decorreu de maneira livre, justa e transparente.
“É tempo de acompanhar a liderança e visão do candidato mais votado no congresso. Estou disponível para dar a minha contribuição para o bem do partido”, afirmou.
Para João Bernardo Vieira, o terceiro mais votado, não houve candidato vencido nem vencedor no décimo congresso ordinário, “porque é a família do PAIGC que saiu vencedora e unida para os próximos embates eleitorais no país”.
O candidato menos votado no congresso, Edson Araújo, apelou ao vencedor do décimo congresso ordinário, Domingos Simões Pereira, para derrotar o “inimigo” da Guiné-Bissau que é o subdesenvolvimento, com o apoio de todos os militantes do partido.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
