A Presidente do Sindicato dos Jornalistas e técnicos da comunicação social (SINJOTEC), Indira Correia Balde, mostrou-se desapontada com o despacho dos Ministros das Finanças e da Comunicação Social que fixa valores “exorbitantes” para obtenção de Alvará para as rádios, jornais e televisões.

Em conferência de imprensa conjunta com a Liga dos direitos humanos, a Ordem dos jornalistas, Mídia Fundação da África Ocidental no país, rede nacional das rádios comunitárias (RENARC) e o Consórcio organização das Mídias da comunicação social da Guiné-Bissau, Correia Balde afirmou que a decisão visa acabar com os órgãos de comunicação social, por estes não terem meios financeiros para cumprir o despacho.

Acusou o governo de ter adotado a medida para fazer “calar a imprensa” do país, que vem na sequência da primeira que obrigou mais de quarenta rádios a fecharem suas portas.

O vice-presidente da Liga guineense dos Direitos humanos, Bubacar Turé, afirmou que a Liga não foi surpreendida com a medida porque o governo já lhes habituou com as situações do género.

“O governo em especial este regime habituou-nos a atacar os órgãos da Comunicação Social, através de várias formas onde nós assistimos aqui ataques encomendados, espancamentos, raptos e destruição das estações da Rádio, tanto como discursos incendiários e de apologias contra a comunicação social˝, afirmou Ture, apelando ao governo a reconsiderar a sua posição, à luz da constituição, para promover a liberdade de imprensa e por consequente subvencionar os órgãos da comunicação social pelos serviços públicos que prestam à sociedade. 

Refira-se que o governo fixou 10 milhões de FCFA para obtenção de Alvará para as Rádios privadas de coberturas nacionais, 2 milhões para jornais e 500 milhões para televisão.

Por: Francisco Gomes

Foto: FG