FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS PÚBLICAS PRIVATIZADAS DENUNCIAM MORTE LENTA

O porta-voz da comissão conjunta  dos trabalhadores das empresas públicas privatizadas e em recuperação, Quecuto Djassi, denunciou que não recebem os seus salários há mais  dezanove anos pelo que estão condenados à morte lenta.

 Quecuto Djassi , que falava esta quinta-feira, 8 de dezembro de 2022, disse que os trabalhadores endereçaram cartas, a 11 de janeiro deste ano, ao ex-ministro da Economia, Plano e Integral Regional,  Vitor Mandinga (Nado), e ao das finanças, João  Alage Mamadu Fadia, mas até ao momento nenhuma das  duas cartas teve um acolhimento favorável.

“Marcamos audiência várias vezes  com o ministro da economia, mas sem sucesso. Recebemos apenas um mes…em 2021”, afirmou, para de seguida criticar o governo por ter privatizado as empresas e deixado os seus funcionários a mendigar .

Quecuto Djassi acusou o ministro da economia, Carlos Valera Casimiro, de ser cúmplice, porque “na altura era o coordenador do projeto do Banco Mundial e  tem conhecimento de todas as manobras de malandrices feitas   durante o processo de privatização”,

Danilson Vasco, ex-funcionário do hotel 24 de setembro,  revelou  que já morreram 78 funcionários do antigo hotel 24 de Setembro.

 “Era o único hotel que funcionava no período da guerra civil de 1998”, lembrou, denunciando  que foram descontados duas vezes no momento do pagamento.

“Primeiro como funcionário de hotel 24 de setembro e segundo como funcionário de uma empresa privada. Foram 51 milhões de francos CFA roubados ao funcionários”, lamentou.

Por: Noemi Nhanguan

Foto: NN

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