A União Nacional dos Trabalhadores da Guine – Central Sindical, UNTG – CS, mostrou-se preocupada com o aumento do fenômeno que considera desenfreado da migração ilegal de jovens africanos, em particular dos guineenses, para a Europa em busca de “melhores condições” de vida, tendo em conta as consequências da má governação do continente (África).
A preocupação da organização sindical foi tornada pública esta quarta-feira, 18 de janeiro de 2023, na voz do seu Secretário-Geral, Júlio Mendonça, no final de um encontro com o Adido da Cooperação da União Europeia na Guiné-Bissau, Fabio Longobardi.
O sindicalista explicou aos jornalistas que o encontro serviu para a sua organização manifestar a preocupação e vontade de trabalhar no sentido de permitir com que se identifiquem os imigrantes africanos residentes na Guiné-Bissau e saber-se, no caso, se têm alguma proteção jurídica e, consequentemente que tipo de trabalho fazem no país.
Júlio Mendonça realçou a importância de interagirem com as organizações parceiras da Guiné-Bissau e conhecer, desta forma, as suas ideias a volta do fenômeno de migrantes, que segundo o sindicalista, é uma das preocupações da rede Sindical Africana de migração e que passou a estar na agenda da UNTG.
Mendonça disse ter recebido garantias da delegação da União Europeia de trabalhar junto com a sua organização sindical para desenvolver atividades de assistência a migrantes residentes no país.
O sindicalista alertou que a consequência da onda de migração tem a ver com a má governação em África, acrescentando que “hoje em dia todos os jovens querem abandonar o país devido à desgovernação”.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD