O que estamos a viver hoje é a consequência de termos decidido não nos metermos na política, no devido momento. A nossa geração, os nascidos na segunda metade da década 70, somos maiores responsáveis por esta situação que passo a explicar.
Abstivemo-nos da política (porque estávamos convencidos que estudar seria o suficiente), mas nunca nos supusemos que estávamos a criar um desfasamento entre gerações.
Deixamos o espaço para aqueles que não tiveram a mínima preparação.
Quem olha para o nosso quadro político atual, vê três gerações. Os que vieram da luta, os nascidos nas décadas 60 e princípios de 70 (aqueles em quem o Estado e o PAIGC investiram e que já deram o necessário) e os dos anos 80 (incluindo aqueles que falsificaram a idade). São esses os nossos atuais dirigentes.
Estes últimos (nascidos na década 80) só olham para os valores materiais, não tiveram aquele rigor de educação para o interesse coletivo. Basta dizer que não conhecem o chamado trabalho produtivo. Porquê? Porque saíram muito mal preparados das nossas escolas e das formações, absorveram muito pouco . Sei que eu, tu e mais outros tivemos convites para ingressar na política, mas recusamos, porque achávamos que as nossas profissões eram suficientes e dariam mais valia para a reconstrução nacional.
Nutríamos de outros valores e a humildade foi dos maiores obstáculos que tivemos, porque pensávamos que a política era outra causa.
Foi um erro nosso. Erro grave. Dos meus colegas do Liceu Kwame Nkrumah entre 92 a 96, vejo poucos na política ativa e neste momento Bacar Djassi ‘Bakero’ é um deles. Colega de turma praticamente não tenho nenhum. Viemos atrás de pessoas como Martilene, Nelson Moreira, João Vieira e mais não me lembro. São poucos na política. Mas foi mau demais para o país.
A política é a execução de ideias concebidas. Quem não sabe conceber, jamais saberá executar, por mais assessores que possa ter. aqueles que ocupam o espaço político e de decisão na atualidade, os nossos deputados; os nossos ministros; e até diretores, não são conceptores e muito menos gestores. Um exemplo: eu e tu, por mais que discordemos das ideias um do outro, jamais quereremos o desaparecimento físico um do outro.
Na nossa política é o contrário.
1: Não debatem ideias, confrontam-se.
2. Não apresentam alternativas, difamam às propostas dos adversários. É assim a nossa política.
Os problemas atuais, por mais que a conjuntura mundial esteja grave, planificações de três ciclos resolveriam. Quais os Planos de contingência para os problemas atuais? Qual a proposta do governo? Quais as propostas alternativas dos partidos?
I ka tem.
Deixaram o país a deriva. A deriva. Quem governa acha que a boa governação é quando controla às finanças e a justiça para nos manipular, ou as forças de defesa e segurança para nos atacar, caso discordemos das suas ações. É neste particular, que culpo todos.
Neste momento, aqueles que são menos preparados assumiram o espaço político para decidirem sobre as nossas vidas. O que resta é continuarmos a rezar para que tenham medo de Deus e não acentuem o mal que nos fazem.
Por: Sabino Santos,
Economista e Jornalista
O meu falicido professor da Administrador Pública, Pedro Morato Milaco, dizia assim, os que não entendem nada da matéria da política posicionava sempre em frente das situações e dizia assim:
Não vão sair da daqui, eu sou primeiro ministro eu é que mando no governo;
Muita das vezes havia uma discordância total com as normais legais;
Sou o Presidente da República, por isso vou tomar essa decisão e ninguém ouça de contrariar.
Assim sendo, cada dia que passa o nosso país está afundar para oceano.
Sabino Santos estou de acordo com você irmão, por conseguires espelhar tudo que é a Guiné Bissau numa só voz .estamos num barco onde cada um importa proteger o seu quarto no barco, roubando do próprio barco que afundará por ter roubado as peças que o segurava.
Não existe uma educação para cidadania no nosso sistema ensino.
Começando na educação da época colonial, da luta armada, pós a independência e nos momentos atuais. Que competências os professores provém nos alunos?
É preciso repemsamos o sistema do ensino guineense, para um tipo que possa promover nos alunos as competências conceituais, procidementais e atitudinais.
Na minha humilde opinião, falta nos intelectuais guineenses abdicados da política as competências de cidadania. Maior número dos guineenses não pensam em nós, mas sim, em eu.
Ninguém da aquilo que não tem. Os que tiveram sorte de estudar no exterior que contribuição deram para o país?
Quantos quadros guineenses estão no exterior?
A única forma de sair nesse crise é apostar e investir fortemente no ensino.
Será quê os atuais políticos estão prontos e interessados em investir na educação?
É preciso, segundo sua opinião, cordar mente dos intelectuais adormecidos, no sentido de poderem envolver na política e, assim para que possamos mudar o rumo do País.
Subscrevo na íntegra Senhor Sabino Santos, a situação do nosso país vai de mal a pior, um país em que os valores foram invertidos, os mesnos aptos assumem as redas de governação sem mínimo compromisso com a Guiné Bissau. A única coisa que o atual regime sabe fazer é perseguir os adversários políticos, transformaram a justiça o campo de batalha para aniquilar aqueles que dispõem as opiniões contrárias e que criticam atos terroristas que vinham praticando contra os cidadãos indefesos.
É óbvio que, o sistema educativo guineense, precisa de uma reforma profunda, a tal, passa necessariamente a inclusão no currículo escolar a disciplina da Cidadania, que se traduz numa atitude e num comportamento que tem como referência os direitos humanos, mormente os valores da igualdade, da democracia e da justiça social.
Não obstante mataram a educação na Guiné Bissau, com propósito de continuar a manipular a população e aproveitar dos nossos recursos para serviços os seus interesses individuais. A implementação da educação para cidadania visaria contribuir para formação pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.
Olho para frente vejo que ainda é possível mudar o nosso país. A esperança nunca desaparece num homem em vida que quer vencer mudar a história. Temos que confiar e dar a nassa contribuição mesmo se temos pela frente os que não nos quer bem. Temos que reconstruiu o amor da pátria que outra hora tínhamos nos tempos atrás. Não é impossível. Nós jovens não podemos cruzar as mãos e dizer que tudo está perdido. Nem todos podem fazer a polícia, mas quem tiver a oportunidade que não deixa o escapar porque servir o teu povo é um ato nobre que só Deus pode recompensar.
Ao Sabino Santos uma pessoa que eu sigo há muito tempo, através da rádio capital. Pessoalmente vejo nele uma pessoa de princípios e valores que precisa ser aproveitado. Continua assim que Deus te abençoe.
Sem sombra de dúvida! A ausência dos quadros preparados faz com que estamos a ser governados pelos incompetêntes, que sabem só roubar ao estado.
Um abraços!