Justino Delgado: “ESTOU DESCONTENTE COM O MINISTÉRIO DA CULTURA PELA FORMA COMO OS MÚSICOS SÃO TRATADOS”

O músico guineense, Justino Delgado, disse esta sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023, que está totalmente descontente com o ministério da Cultura e Desportos pela forma como os músicos estão a ser tratados no país, acrescentando que “existe uma certa discrepância de tratamento entre os músicos e os desportistas”, e que “o governo dá mais atenção aos desportistas”.

“Manifesto o meu total descontentamento em relação ao ministério da Cultura e Desporto pela forma como os músicos estão a ser tratados no país. Não quero estabelecer uma comparação com os desportistas, mas realmente entre nós existe uma discrepância de tratamento, porque são tratados melhor do que nós. Deveríamos ter o mesmo tratamento. Somos da mesma casa, dividíamos  espaços de atuação e dávamos concertos nos estádios de futebol, mas nos últimos tempos tem havido restrições e os artistas não têm tido acesso aos estádios “, lamentou o artista de renome internacional.

O responsável da banda musical “Docolma” fez essas afirmações em conferência de imprensa realizada no clube de Bairro Ajuda, em Bissau, para mostrar o seu descontentamento em relação à situação dos músicos nacionais, e anunciar a realização do festival de Bubaque, em agosto deste ano.

Nos últimos anos, o festival não tem tido lugar, devido às restrições impostas pelas autoridades, na sequência da pandemia da Covid-19. 

Explicou que o objetivo do festival é alegrar as populações locais, desviando-as da tensão política e outras dificuldades da vida. Lamentou que os artistas guineenses realizem concertos sem nenhuma dignidade, “devido à falta de apoio do ministério da cultura”, por isso “queremos alertar o ministro para assumir a sua responsabilidade”.

“Para realizarmos concertos, somos rigorosamente obrigados a pagar um valor exorbitante em dinheiro, sem contrapartidas significativas. Este dinheiro é dividido entre eles, sem se preocupar em resolver os nossos problemasʺ, denunciou.

Por: Simaira de Carvalho

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