O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Brigadeiro General Samuel Fernandes, transmitiu que os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), encaram os exercícios militares como um dos desafios que evidencia a determinação dos Estados membros em desenvolver um esforço comum para conferir maior projeção e visibilidade às capacidades da comunidade em matéria de segurança coletiva e cooperativa.
Samuel Fernandes fez essa observação esta terça-feira, 28 de março de 2023, na abertura dos trabalhos da Conferência Inicial do Planeamento do Exercício Militar Multinacional da CPLP, FELINO 2023, a decorrer em Bissau até 30 de março.
A abertura da conferência de três dias (28, 29 e 30) de março foi presidida pelo vice-chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, Tenente General Mamadu Turé, e contou com a participação de cinco Estados membros, nomeadamente, a Guiné-Bissau (país organizador), Cabo Verde, Portugal, Timor Leste e Brasil.
O militar guineense lembrou, no encontro que se realiza pela primeira vez no país, que os exercícios militares da série FELINO foram conceptualizados pelas autoridades militares da CPLP, através das orientações dos respetivos ministros da defesa, para gerar e aperfeiçoar as capacidades operacionais e táticas das forças armadas dos Estados membros, promovendo a normalização de doutrinas táticas e procedimentos, de forma a aprontar uma força tarefa conjunta e combinada para o cumprimento de missões de apoio à paz e de ajuda humanitária, sob a égide das Nações Unidas.
Destacou que os exercícios militares 2023 da CPLP no formato exercício da carta e em 2024, o exercício com forças no terreno em Portugal, para além de serem uma das atividades do setor da defesa da CPLP com maior visibilidade, constituem um ponto incontornável na agenda de relacionamento entre os países da organização e terceiros Estados.
“O exercício FELINO 2023 tem como um dos objetivos preparar as forças tarefas conjuntas e combinadas, no âmbito da CPLP, para atingir, manter, otimizar a capacidade de intervenção da comunidade lusófona em missões de apoio à paz e da ajuda humanitária, aos níveis operacional e tático”, frisou, salientando que a preparação desse exercício foi assegurada pelo Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau e de Portugal, próximo país a acolher a conferência.
Enfatizou o empenho de Portugal em todo o processo de planeamento, nomeadamente partilha de doutrina, participação na documentação estruturante, assessoria e participação no desenho de montagem da rede informática e o suporte ao exercício.
Por: Filomeno Sambú
