O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta segunda-feira, 01 de maio de 2023, que prefere sair da presidência da República do que as eleições sejam novamente adiadas. 

“Estas eleições não vão ser adiadas” garantiu o chefe de Estado em curtas declarações aos jornalistas à margem do desfile das Forças Presidenciais alusivo ao primeiro de maio, na presença do vice-primeiro-ministro, Soares Sambú, e do Chefe de Estado Maior general das Forças Armadas, Biaguê Nan Tam.

Sissoco Embaló afiançou que jamais assinaria um decreto para marcar uma nova data para as eleições legislativas. 

“Marquei  as eleições por duas vezes. Nunca mais vou assinar um decreto a propósito. Isso significa dizer que no dia 04 de junho vão se realizar as eleições” disse, garantindo que as próximas eleições vão decorrer de forma “ordeira e transparente” e que nada pode impedir o escrutínio, tendo lembrado que é uma data consensual entre todos os partidos signatários da ata de um encontro com o governo.

“Reuni-me com os partidos que assinaram a ata da reunião com o governo. Alguns propuseram as datas de  20 e 27 de maio e outros 29 de maio, e eu decidi dar-lhes mais uma semana, fixando a  data de 4 de junho. Se há eleições que não vão ser adiadas são estas de 4 de junho” insistiu Sissoco Embaló. 

Para o Presidente da República,  cada partido é livre de participar ou não no pleito, tendo reforçado que a Guiné-Bissau jamais será “refém de ninguém”. 

Afiançou ainda que os acontecimentos semelhantes à tentativa do golpe de Estado do dia 01 de fevereiro de 2022 jamais vão se repetir.

“Não haverá 1 nem 2 de fevereiro, e qualquer tentativa de subversão terá uma resposta adequada”. 

Refira-se que as eleições legislativas antecipadas estão marcadas para o dia 04 de junho de 2023, nelas participarao 22 partidos, incluindo duas coligações.

A campanha eleitoral arranca no próximo dia 13 de maio e vai ter uma duração de 21 dias, até 02 de junho de 2023.

Por: Tiago Seide e Assana Sambú