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O vice-secretário da União Nacional dos Trabalhadores, Iasser Turé, considerou a entrada do grupo de Laureano Pereira da Costa na sede da UNTG “um golpe contra o estado de direito, liderado por certos partidos políticos”.
“A violação física da sede da UNTG e a proibição de acesso dos elementos da direção pelos elementos das forças de segurança afetos ao ministério do interior que apoiaram e deram suporte aos invasores é um golpe contra o estado de direito”, precisou, para quem “a cada dia que passa a Guiné-Bissau entra em estado de ilegalidade com ações de ilegalidade”.
“Se o Estado é capaz de violar suas próprias leis e as eleições legais de uma instituição, o que lhe impedirá fazer a mesma coisa nas eleições legislativas”, questionou.
Em reação à suposta violação da sede da UNTG, Iasser Turé esclareceu que foi uma surpresa para a direção liderada por Júlio Mendonça, a presença das forças de segurança instaladas em frente à sede e acreditávamos que fosse para proteger a legalidade”.
“Facto que não aconteceu porque estavam lá para facilitar a violação e invasão à sede e o Laureano apropriou-se de tudo que era da nossa direção”, acusou.
Afirmou não terem recebido nenhuma notificação sobre a presença dos elementos das forças de segurança na UNTG, mas disse que o secretário geral, Júlio Mendonça, terá recebido uma chamada do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a aconselhá-lhos que ficassem calmos e que não respondessem às provocações, porque não toleraria a desordem.
“Vamos esperar que o Presidente, enquanto garante da Constituição, venha restabelecer a ordem legal, porque é este o momento oportuno de provar que irão garantir a legalidade nas legislativas”, disse.
Lembrou, no entanto, que esta não é a primeira vez que a direção de Júlio Mendonça sofre provocações, porque “já havia sido impedida, por ordem superior, de realizar o seu Quinto Congresso Ordinário”.
“Perseguiram-nos durante o primeiro mandato e neste segundo querem fazer-nos desaparecer do cenário por causa das eleições que se avizinham. A nossa direção tem lutado para melhorar várias áreas sociais porque o país está numa situação caótica, não há escolas e hospitais de qualidade. Como não querem ouvir uma voz crítica, violaram a lei e vão continuar a violá-la”, disse o sindicalista.
Refira-se que a UNTG está envolvida desde novembro de 2022 numa polémica judicial, no quadro da realização do seu VCongresso ordinário.
Por: Epifânia Mendonça